Trabalhadores da Prefeitura iniciaram, na Praça Cônego Lima, cerco de trecho de calçada para instalação de base para relógio eletrônico que o Lions Clube vai oferecer a Cidade, com a colaboração de diversas firmas locais.
Louvamos a iniciativa de dotar nossa terra de inovação tão útil e necessária, mas discordamos do ponto em que se pretende localizar referida utilidade, pois ali o relógio eletrônico (de quatro metros de altura) não será visto nem mesmo pelos que se encontrem nas imediações do Cine Paratodos.
Entendemos que a localização certa seria a da esquina da Rua Coronel Monteiro com a 15 de Novembro, em frente ao Banco Noroeste, de onde, então poderia ser visualizado até da Praça da Matriz.
No local onde está, o relógio do Lions ficará encoberto pelas, árvores da Praça Cônego Lima. A não ser que o prefeito José Marcondes Pereira esteja pensando em cortar e destruir as grandes figueiras do jardim fim de resolver o problema da visibilidade diurna e noturna do relógio…
Correio Joseense, 16 de agosto de 1964, Num. 1977
Parece que o comentário no jornal surtiu efeito, já que na imagem vemos o relógio na esquina sugerida, Cel. José Monteiro com 15 de Novembro. Abaixo, alguns comentários feitos no grupo do São José dos Campos antigamente no Facebook:
“Eu era menino, estava na esquina a direta da foto esperando meu pai que tinha ido ao banco. Presenciei um acidente que me marcou pelo resto da vida. Um cara de moto chocou-se violentamente com o radiador de um caminhão. Seu rosto ficou completamente desfigurado. Estava com um blusão de couro e vi quado o pegaram para levá-lo ao hospital uma bica de sangue saindo na punho do blusão. Até hoje não entendo esse acidente…” Por Newton Ramos.
“Certa vez indaguei um funcionário da prefeitura que se encontrava e ele me disse que o tal relógio estava no depósito da prefeitura (no antigo D.S.O.) jogado em um canto por lá, creio que hoje já não exista mais, tal qual o outro relógio (este mais moderno e digital) que marcava hora e temperatura, localizado na esquina do antigo hotel Eldorado.” Por Wilson Costa.
“Ainda era de paralelepípedo, o calçamento da rua, e não tinha parquímetros, nem as lixeiras e vasos de plantas do Sobral.” Por Luiz Gonzaga De Oliveira Pinto Junior.
“O progresso que me desculpe, mas essa cidade assim da saudade… essas coisas lembra muito meu pai com seu fusca quando íamos ao centro no domingo pra ele comprar jornal no Schiamarella e depois uma passada no mercado municipal… tempo bom! (fim dos anos 60).” Por Silvio Carvalho.
“O Relógio foi doado pelo Lions, e haviam propagandas de comércios abaixo dele.
Nessa época em frente ao Banco Noroeste, era a Loja de eletrodomésticos do Sr. João Batista Peneluppi. No Banco Mercantil de São Paulo, (morei na casa em cima) todos os dias eram hasteadas as bandeiras, dá para ver na foto.
Uma noite após um show do Roberto Carlos que não houve, foi um golpe o povo saiu do Tênis Clube depois de quase quebrar o clube inteiro, alguns vieram na direção da cidade e depredaram este relógio, amanheceu todo furado.
Na praça era o Ponto de Táxi Rio Branco, da Praça da Preguiça, dos que me lembro, “Seo” Jaime, Pedro Bocardo e seu Irmão,”Seo” Laureano…” Por José Zanine Caldas Filho.
A Praça Cônego Lima chamava-se inicialmente Largo do Rosário por se situar em frente à igreja do mesmo nome. Em diversas épocas foi denominado Largo do Correio e Jardim do Coreto, passando mais tarde a ser conhecido como Jardim da Preguiça quando a árvore plantada em 1892 cresceu e formou vários pares de preguiças nos seus ramos.
De 15 a 22 de agosto de 1925, foi realizada uma exposição na praça e sorteado um automóvel Ford para arrecadar fundos para a construção de uma nova Santa Casa.
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