Morreu o rei da gafieira em São José dos Campos: José Teodoro do Nascimento. O Zé Teodoro, do Night Club e do Bola Preta. O Night Club tinha até estatuto social, registrado em Cartório, como requer o Código Civil e o samba de Billy Blanco. Ele foi elaborado, entre outros, pelos advogados Amim Simão e José Ferze Tau (este ainda vivo e testemunha do fato). O Conselho Deliberativo e a Diretoria Executiva eram exemplos da miscigenação do povo brasileiro, integrados por personalidades da cidade.
Portanto, o Night Club não era uma gafieira qualquer. Era frequência obrigatória, nas décadas de 40 e 50. Tanto que o governador Adhemar de Barros, no auge de sua visita a cidade tirou a Maria Parafuso para dançar. O fotógrafo Isnard, correligionário do Plínio Salgado, registrou o acontecimento. Infelizmente, dois seguranças do Dr. Adhemar gentilmente o retiraram do salão e na beira do Banhado (o Night ficava na então rua São José) convenceram-no a entregar o filme, para não perder a máquina fotográfica.
O Night Club organizou a primeira escola de samba digna deste nome de São José. E o primeiro samba enredo homenageava “o prefeito do lugar”, Elmano Ferreira Veloso. Era de autoria do saudoso operário sambista Tião Silva, um frequentador assíduo da gafieira. E o Zé Teodoro era diretor, porteiro, leão de chácara, era tudo no Night Club e depois no Bola Preta, que ficava no início da avenida Rui Barbosa. Era aquele que quando o tempo esquentava, mandava o pistão tirar a surdina e botava as coisas no lugar. (2005)
Luiz Paulo Costa – Jornalista
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