Ponte da Fazenda Pingo D’Água (1950)

Publicado originalmente por João Marcos de Oliveira Ramos no grupo SJC Antigamente, a série fotográfica abaixo é de muito relevância já que não haviam tais registros anteriormente, somando mais um importante capítulo de nossa história.

Estas são algumas fotos da construção e da inauguração em 1950 da ponte pênsil da Fazenda Pingo D’Água, na SP 50, que era de propriedade de meu avô, Oswaldo de Aquino Ramos (1906/1983).

Nas imagens aparece também minha avó Olivia Xavier Ribeiro Ramos (1911/1981), cortando a faixa com o padre Luiz, pároco de Santana. (Monsenhor Luiz Gonzaga Alves Cavalheiro 1913/1991).

Na foto abaixo o churrasco que foi oferecido após a inauguração, a moça a esquerda é minha tia Yeda, que está hoje com 92 anos.

Esta ponte foi uma das primeiras pontes deste tipo particulares no Brasil, e ainda tenho forte na minha memória o barulho dos pneus sobre as tábuas de madeira quando a cruzávamos de carro.

Infelizmente ela foi demolida depois que meu avô vendeu a fazenda para o sócio do ex-Governador Paulo Maluf, Edevaldo Alves da Silva, em 1973, e foi construída uma de concreto no lugar.
Boas lembranças…” Por João Marcos de Oliveira Ramos

Comentário de outros membros do grupo SJC Antigamente:

A minha avó tinha o sobrenome Ramos (Maria Gertrudes Ramos). Quanto a essa lendária ponte, tenho na lembrança, um fato hilariante a relatar, nos anos 40. Minha mãe e eu fomos visitar o Sr. José Teodoro que tinha um armazém do outro lado da ponte, que já tinha um pequena povoado. A mãe do seu Zé também foi visitar o filho nesse dia, que vinha numa carroça junto com outro filho (Pracidio). No meio da ponte tinha uma tábua solta, e a carroça ao passar por fenda, a mesma sacolejou e a velha senhora perdeu o equilíbrio e caiu pelo vão dá ponte caindo no rio Paraíba. Nessa época as mulheres usavam vestidos com saias largas que cobriam até os pés. Ao cair o vestido se abriu feito um paraqueda e ficou flutuando na correnteza do rio, nua cena hilariante. Por sorte foi salva por um pescador na sua canoa.Por Raul de Paula

Eu, o Carneiro, Helias e mais alguns que não lembro dos momes, íamos muito na fazenda Pingo D’água, apanhar coquinhos da Brejaúba. Que delícia!Por Alcino Mendes Oliveira

Ser presidente da Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo, e manter-se entre os dez maiores produtores de leite do município de São José dos Campos, não é tarefa fácil.
Mas Oswaldo de Aquino Ramos não é homem acostumado a tarefas fáceis. Nasceu pobre lá no Estado de Minas Gerais. Um dia, ainda menino ficou órfão e resolveu tentar a sorte em São Paulo, de onde ouvia contar muita coisa boa.
Um tio, negociante de laticínios, deu-lhe emprego e Oswaldo trabalhou, trabalhou, sempre com uma vontade férrea e objetivando vencer. Depois, com o tempo, montou seu próprio negócio, apareceu-lhe a chance e comprou um pedacinho de terra em São José dos Campos.
Na escritura era a “Fonte de Cristal”, mas todo mundo conhecia como “Pingo D’Água e assim ficou.
Depois, foi comprando um sítio ali, outro acolá, sempre vizinhos ao Pingo D’Água e hoje tem uma propriedade de 500 alqueires.
Através dos anos duros de sua vida, Oswaldo acumulou uma imensa experiência, principalmente nos seus tempos de negociante de produtos de laticínios, que hoje lhe é válida.
É ele mesmo quem diz: “Veja só, eu já fui negociante e agora estou do lado completamente oposto no cooperativismo”.
Mas é essa experiência que o mantém durante 16 anos a frente da Central de Laticínios, pois Oswaldo conhece, além de todos os detalhes normais da distribuição de produtos de laticínios, alguns segredos que só quem já esteve “do outro lado” sabe.
Revista Balde Branco Especial, No. 35, setembro de 1967

O retiro principal de Oswaldo, serve de modelo para um cartão postal, com seu silo aéreo, as instalações, o riacho e o gado sendo recolhido para ordenha.
Marajá e Lucas são os novos reprodutores da Fazenda Pingo D’água.
A entrada da fazenda é na estrada para Campos do Jordão.

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