Afonso Augusto Moreira Pena, mineiro de Santa Bárbara, nasceu em 1847. Formou-se advogado pela Faculdade de Direito de São Paulo. Foi deputado federal, e ministro do Império nos ministérios da Guerra, Agricultura e Justiça, entre 1882 e 1885. Foi, entre 1902 e 1906 eleito vice-presidente no governo Rodrigues Alves, posteriormente eleito presidente para o período de 1906 a 1910. Defendeu a economia do café, protegendo-o das oscilações do mercado. Faleceu no Rio de Janeiro de 1909.
Foi chamada de Largo da Cadeia ou Largo de São Benedito, devido a Cadeia e Câmara estarem localizadas no seu centro e a Igreja de São Benedito estar à sua frente. No entanto, seu nome oficial era Largo Municipal.Em 1897 através de Resolução da Câmara passa a denominar-se Praça 23 de Novembro, que é a data de Elevação do Marechal Floriano Peixoto à Presidência da República em 1891. Em 1909 passa a receber o nome do presidente Afonso Pena.
Recebe apedregulhamento em 1899. Sofre um alargamento em 1901. Em 1909, recebe nova iluminação, com quatro lâmpadas de arco voltaico de mil velas, e desapropriação amigável para uniformização.. Outro alargamento, em 1919, com desapropriação de terrenos, no trecho onde dava de fundos com o “Hotel São José. Em 1911, o Prefeito da cidade, Benedito César Leite ordena que sejam tomadas as devidas providências para que parasse de se utilizar a praça Afonso Pena como pasto para bois, cabras, bodes e cavalos.
Em 1955, esta praça recebe um enjardinamento, executado por Gregório Gurevichi, de linhas assimétricas, considerado na época como moderno, ousado e futurista, mas bastante aprovado pela comunidade joseense. No entanto, no final do mesmo ano, foram roubadas 32 placas de metal dos bancos da praça, com o nome de seus respectivos doadores, fato este que causou protestos por parte da imprensa local. Em 1958, recebeu nova iluminação, e em 1967, um projeto do prefeito Elmano Ferreira Veloso de valorização das praças. Em 2000, recebeu nova reforma, sendo demolido o Anfiteatro existente ao centro, sendo colocado um chafariz de linhas contemporâneas e um novo enjardinamento.
Local de instalação de circos nas décadas de 30 até 50, uma das poucas fontes de entretenimento popular da época. A partir da reforma da praça, passou a ser o local de encontro e de namoros da juventude joseense, havendo lá, serviço de alto-falante. Este comportamento inclusive gerou polêmica na cidade, sendo a praça fechada às dez horas da noite. Palco de eventos culturais a partir da década de 70, com a inauguração do anfiteatro. Nessa mesma década, iniciou-se a feira hippie, um espaço para artesãos exporem e venderem seus trabalhos. Esta continuou em funcionamento, porém com outras características, mantendo-se, no entanto, como a praça das manifestações e eventos culturais da cidade.
Fonte: Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR).
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Wagner Ribeiro – São José dos Campos Antigamente