Hotel Rio Branco

Patrimônio Perdido – O Passado em Ruínas

O presente trabalho foi realizado pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo em 2004, e entrega um estudo sobre nosso patrimônio perdido, aquele que foi referência no passado e hoje já não existe.


Propaganda do Hotel em 1922.
Almanaque de 1922
Napoleão Monteiro
Arquivo Público do Município


Segundo documentos da prefeitura, este seria de propriedade de Antônio Rodrigues Bastos, estando arrolado na partilha de seus bens, datado de 1890. Em 1921, foi reformado, sendo reaberto sob a direção de Augusto Rodrigues Bastos, filho de Antônio, destinado a receber unicamente pessoas em bom estado de saúde. Localizava-se na rua XV de Novembro, esquina da Rua Coronel Monteiro. Este morreu em 1929, passando a propriedade para seus filhos. Manteve-se nas mãos da Família até ser adquirida por sistema de permuta e venda em 1942 por Sebastião Henrique da Cunha Pontes.

Propaganda do Hotel em 1938.
Folha Esportiva Especial
Nenê Cursino
Arquivo Público do Município


Em 1943, foi aberto na Prefeitura, processo de avaliação do prédio, sob propriedade de Sebastião Henrique Cunha Pontes, para fins de desapropriação, com objetivo de alargamento e retificação do alinhamento da rua XV de Novembro. Segundo avaliação para desapropriação o mesmo se encontrava em péssimo estado de conservação, possuía poucas paredes de tijolos, grande parte constituída por taipa. Embora avaliando o material de demolição como de pouco valor, as considerações do avalista (Pedro Sinigalli), sugeriam que a Prefeitura adquirisse este para suas obras. Em 20 de outubro de 1943, a Prefeitura adquiriu este imóvel por via amigável. Em 06 de Novembro do mesmo ano, os locatários foram notificados a desocupar o hotel em 90 dias. Após a desocupação o mesmo foi completamente demolido. O terreno onde o mesmo se localizava foi utilizado para alargamento da praça. Atualmente localiza-se além da Praça uma das agências do Banco do Brasil e o Banco Santander-Noroeste.

Hotel Rio Branco em 1943.
Processo de Desapropriação
Arquivo Público do Município


No Hotel Rio Branco em São José, é hora do cavaco: João Batista Balieira, Thomaz Soares, Telêmaco Gomes da Silva, José Robalinho da Silva, Eduardo Bastos e Procópio Silva.



Fundação Cultural Cassiano Ricardo
Eng°. Edmundo Carlos de Andrade Carvalho
Diretor Presidente
Diretoria de Patrimônio

Engº. Vitor Chuster
Diretor
Departamento de Patrimônio Histórico

Antônio Carlos Oliveira da Silva
Pesquisador – historiador

Donato Donizete dos Santos Ribeiro
Historiador

Lucas Brito de Siqueira
Estagiário de História

Kátia Araújo Branco
Estagiária de Direito




Fonte: Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR).



Traga sua história para ser contada!
Digitalização de fotos, vídeos, áudio, documentos, recortes de jornais, gravação de depoimentos, cartas, etc.
Midias Sociais: sjcantigamente
Whatsapp: (12) 99222-2255
Email: sjcantigamente@gmail.com

Comente se há informações extras, escreva suas recordações ou mesmo o que achou desta publicação. Agradeço por sua participação!