Criação da Avenida Dr. João Guilhermino

Parece assentada em definitivo, a ideia de ser dado o nome do saudoso Dr. João Guilhermino, à avenida que está sendo aberta e arborizada em prosseguimento da rua 7 de Setembro até a via-férrea.

A homenagem que vae ser prestada a memória do grande apostolo do bem, o grande filantropo que em vida se chamou João Guilhermino, traduz o pagamento de uma dívida imperecível de gratidão da parte do povo, para com o sempre chorado extinto, a quem a nossa população deve sempre os mais assinalados serviços.

João Guilhermino, era um médico na acepção mais elevada da palavra: operoso, delicado, cavalheiro, cientista e o que é mais, caridoso em extremo!

Nunca mercantilizou com o seu vasto saber: sempre foi de uma abnegação sem par, inteiramente desapegado de interesses outros, que não fossem o bem estar à pobreza, a quem socorria com verdadeira caridade evangélica.

A Avenida em 1910.


Morreu pobre, deixando vazia a sua bolsa, que era o tesouro dos que a ele se acercaram nos dias amargurados de infortúnio: deixando após sua trajetória neste mundo, a gratidão inesquecível deste povo, á que tanto serviu e amou.

Portanto é justíssima, não só a homenagem que sua memória vai ser prestada, como outras tendentes a perpetuar o nome do saudoso benemérito, para que no futuro seja sempre guardado com carinho e com veneração, esse nome do maior amigo deste povo, o inesquecível Dr. João Guilhermino.

Jornal o Caixeiro, 16 de março de 1905

Obras da galeria de águas pluviais (1944).


Dr. Giovannni Guglielmino nasceu em Caluso, Itália, em 20 de agosto de 1830, médico formado pela Universidade de Turim.
Chegando ao Brasil, clinicou em Mogi das Cruzes, transferindo-se para São José em 25 de julho de 1876, como o primeiro médico da cidade, onde montou consultório à Rua Direita (atual Rua 15 de Novembro), nº. 17, vivendo nesta cidade por volta de 20 anos. Foi um médico dedicado à pobreza; atendia os pacientes, embrenhando-se no Sertão a cavalo, onde atendia “aos roceiros que solicitavam sua assistência”. Em 1895, por ocasião de sua morte, a Câmara informou em ata que havia um desejo da população de São José em construir a suas custas, seu túmulo ou mausoléu, sendo aprovado. A preservação e manutenção do mesmo são de responsabilidade, até hoje, do poder público.

A avenida em seus primórdios.

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