O texto a seguir foi retirado do Livro de 1951 sobre São José dos Campos e mantém o texto característico da época.
Em matéria de serviço postal e telegráfico, podemos afirmar que a nossa cidade, a exemplo aliás do ocorre em diversos outros sectores de serventias públicas locais, por muito tempo foi injusta e lamentàvelmente esquecida dos poderes governamentais, e ainda o continua a ser, de certo modo, tendo-se em vista, o incontrastável vulto de seu movimento e a considerável renda que anualmente o mesmo canaliza para os cofres federais, conforme adiante será demonstrado, com os argumentos insofismáveis dos algarísmos.
Assim é que, de há longos anos instalada e funcionando no acanhadíssimo prédio de aluguel da rua Siqueira Campos, prédio êsse destituído de quaisquer condições capazes de assegurar a mínima comodidade ao público, e, aos funcionários, o prático e perfeito desempenho das suas importantes atribuições, vinha a nossa Agência postal e telegráfica permanecendo nessa vexatória e insustentável situação, até ainda há bem pouco tempo atrás sem esperança de melhoria alguma, quando finalmente, graças a um projeto em boa hora apresentado ao Congresso Federal, pelo ilustre Deputado, amigo desta terra, Doutor António Feliciano da Silva Concedeu o Governo da União a verba pleiteada, de Cr.$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil cruzeiros), para a almejada construção de um prédio próprio, nesta cidade, para a Agência dos Correios e Telégrafos. Esse edifício, cujo terreno constituiu doação da prefeitura joséense, e em prol de cuja iniciativa parlamentar, que lhe serviu de base, e do bom êxito que logrou junto ao governo, muito e valiosamente contribuíram os bons esforços desenvolvidos pela Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos, localiza-se à Avenida 24 de Outubro (atual Avenida Doutor Nelson D’Ávila), encontrando-se as obras de sua construção, bastante adiantadas e esperando-se para muito breve a sua inauguração.
A esse tempo, segundo estamos seguramente informados, o reduzidíssimo número de suas caixas postais, atualmente totalizando apenas 30 (trinta), será elevado para 500 (quinhentas), tôdas já reservadas a novos assinantes. Há porém que se cuidar, desde já, e a esse respeito um dos jornais da cidade, recentemente, publicou incisivos e oportunos comentários, de pleitear calorosamente, junto à Diretoria Geral dos Correios e Telégrafos, a urgente e imprescindível nomeação de vários e novos auxiliares, objetivando reforçar o atual e exíguo quadro de funcionários internos e externos da Agência local, e que só mesmo por um verdadeiro milagre de boa vontade e dedicação continuam a dar conta dos múltiplos e cada vez mais numerosos encargos que lhes estão afetos.
A Agência dos Correios e Telégrafos de São José dos Campos, que é de primeira classe, e que de há algum tempo para cá vem também executando, em intercâmbio com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica, os serviços de correspondência aérea, para todo o país, recebendo e expedindo cartas, regularmente, por intermédio da Cruzeiro do Sul Transportes Aéreos, ocupa lugar de indiscutível relevo no conjunto de todas as demais agências de igual categoria, da zona, e quiçá do Interior, no terreno de movimento e renda, sendo o quadro de seu pessoal, composto dos seguintes funcionários: Sr. Alberto Dias Mendes, Agente; sra. Alice Sales Mendes, Tesoureira; 4 (quatro) Carteiros, sendo 3 (três) para a distribuição € 1 (um) para serviço interno; e 1 (um) telegrafista.
Com referência ao agente postal telegráfico, sr. Alberto Dias Mendes que é natural da cidade de Santos đêste Estado, é o mais antigo servidor da União, da sua classe, pois conta nada menos de 33 anos de serviço efetivo e ininterrupto, cumpre-nos pôr em destaque a correta e relevante atuação que, por espaço de 15 anos, vem s.s. desenvolvendo à testa de sua repartição, nesta cidade, desdobrando-se em esforços e providências, com o valioso concurso de sua exma. esposa e digna tesoureira da mesma, da. Alice Sales Mendes, no sentido de atender da melhor forma aos interesses do público, sem embargo da deficiência de auxiliares com que conta, e do acúmulo cada vez maior dos encargos por que é responsável.
Passemos, a seguir, a um ligeiro resumo do movimento e renda da Agência dos Correios e Telégrafos de São José dos Campos, relativo ao ano de 1950, e pelo qual se poderá aquilatar da intensidade e grau de importância a que atingiu o serviço referido, em nossa terra, nestes últimos tempos, dada por certo a sua natureza de cidade climática:
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