Antoninho da Rocha Marmo – O Menino Santo

As matérias abaixo foram retiradas da revista A Cigarra (1952) e O Cruzeiro (1954) sobre Antoninho da Rocha Marmo.

– Primeiras previsões – Sua vida e sua morte – Milagres – Caminha o Processo de Canonização – Sanatório Antoninho da Rocha Marmo. Reportagem de MARIO MORAES


19 de outubro de 1918. A Primeira Grande Guerra ainda não havia terminado na Europa seus efeitos já se faziam sentir no Brasil. Uma terrível epidemia grassava por todo o país, ceifando dezenas de vidas. Fora denominada “gripe espanhola” e, contra ela, os médicos se mostravam impotentes.
Numa pequena casa em São Paulo, à rua dos Bandeirantes, 24, um homem agonizava. Mas, por contraste, num cômodo pegado ao que ele se encontrava, uma mulher dava à luz uma bela criança.

O pai, aflito, recebeu a notícia: – Correu tudo bem; é um menino.
Pamphilo exultou. Embora aquele não fosse o seu primeiro filho, sempre ficava nervoso nessas ocasiões. E agora mais que nunca existiam fortes razões para isso, pois tinha sob seu teto um parente em estado grave. Correu ao quarto e encontrou a esposa tendo ao lado um lindo garotinho. Maria Isabel estava radiante:
— Eu desejava mesmo que fosse homem para dar-lhe o nome de Antônio, em homenagem ao bom santo do qual sou devota.

Pamphilo concordou:
— Que o seja, querida. Entretanto, creio que devemos batizá-lo o quanto antes. A situação que vimos atravessando assim o exige.

Quando o menino estava sendo batizado com água do socorro, aconteceu um fato estranho. Bateram à porta e Pamphilo foi atender. Um homem alto e simpático estava à sua frente.
— Sou médico. Soube que há uma pessoa muito doente nesta casa e gostaria de vê-la — disse ele.
— Pois não. Faça o favor de entrar.

Enquanto o conduzia até o quarto do enfermo Pamphilo ia agradecendo:
— Agradeço bastante a sua visita, doutor. Nos dias que correm até os médicos têm medo de visitar-nos. A “espanhola” não respeita ninguém.
Sem dizer palavra, o médico abaixou-se junto ao leito do doente e o examinou. Depois de dar lhe alguns remédios, despediu-se de todos e retirou-se.

No dia seguinte aconteceu um milagre. O homem que estava desenganado, as portas da morte levantou-se, completamente restabelecido. O lar de Pamphilo e Maria Isabel voltava, assim, à tranquilidade.
Puderam, então, dedicar-se com mais carinho ao filho recém-nascido.

Passaram-se os anos. A “gripe espanhola debelada.


13 de junho de 1920. Dia em que a Igreja comemora o aniversário de Santo Antônio. A Matriz de Santo Antônio do Pari, em São Paulo, estava repleta. A um canto, junto à pia batismal um menino era batizado. O filho do casal Pamphilo e Maria Isabel Marmo recebia o nome Antônio, confirmando, assim, o batismo feito no dia de seu nascimento.

Antônio, ou melhor, Antoninho, como o chamavam na intimidade, desde logo se mostrou menino diferente dos demais. De uma bondade sem limites e de uma inteligência sem par, a todos assombrava.

O CASAL Augusto e Maria Isabel. Ele obteve grande graça do menino.

Certo dia, conversando com a Irmã de Caridade Maria Vicentina, da Congregação de São José, de Santa Casa da Misericórdia, em São Paulo, onde se achava em tratamento de saúde, afirmou que a celebre questão romana existente entre a Santa Sé e o Reino da Itália seria liquidada com a vitória da Igreja pelo Sumo Pontífice Pio XI, então reinante. Tinha, nesta época, Antoninho Marmo, 6 anos de idade.

Cinco anos depois, em 1929, tornava-se realidade a previsão do menino. Era tal a sua faculdade prever o futuro que em breve sua fama se alastrou por todo o país. Dezenas de pessoas proavam o menino a fim de que ele as aconselhasse ou minorasse seus males. Antoninho tinha para as uma palavra de conforto ou um conselho adequado.

Tudo que se relacionasse com a Igreja era por venerado. Adorava o Papa e todos os seus ministros, não admitindo que se falasse mal dos padres.

Dois indivíduos conversavam a respeito de um vigário, criticando-o injustamente. Antoninho os ouviu calado. Quando terminaram lhes disse:
— Isso não se repetirá. O vigário será removido para outra paróquia.
E assim sucedeu.

Contava com inúmeros amigos entre a classe clerical. O Padre Olegário da Silva Barata dedicava-lhe um grande afeto. Após a morte do menino escreveu um livro intitulado “Antônio da Rocha Marmo (Antoninho)”, aprovado pelas autoridades eclesiásticas de São Paulo. Passava horas esquecidas com ele, conversando sobre os mais variados assuntos.

— Eu vou morrer muito jovem – disse-lhe certa vez o menino.

O Padre Olegário procurou mudar de conversa. O garoto, porém, insistiu:

— O dia de minha morte coincidirá com a data do seu aniversário, 21 de dezembro.

Alguns anos mais tarde viria a se confirma esta previsão.


A população pobre da vizinhança recorria ao menino sempre que se encontrava em dificuldades financeiras, sendo prontamente atendida. Antoninho desejava ardentemente ser padre, pois, como dizia, só assim poderia cumprir realmente seu dever na Terra. Ficava embevecido vendo os padres celebrar missa na igreja local.

Don Epaminondas, ilustre Bispo de São Paulo sabedor disso, por intermédio do Padre Olegan mandou-lhe de presente um lindo e pequeno a portátil, acompanhado dos paramentos necessários às cerimonias do culto católico.

Antoninho armou o altar no fundo da casa seus pais e, diariamente, ali celebrava missa, as tido por dezenas de pessoas que acreditavam no poder divino. Sem conhecer uma palavra do latim lia e interpretava o Missal, deixando todos assombrados. As cerimônias litúrgicas eram executa com tanta fé e convicção que chegavam a atrair até os incrédulos.

Todo aquele que praticasse o bem poderia contar com a amizade sincera do menino. Por esta razão, Antoninho apreciava imenso as Irmãs de caridade da Congregação de São José, devido às boas ações, sendo este afeto retribuído em igual.


O MENINO SANTO

Estes são alguns casos ocorridos no Brasil. Do exterior citamos o de D. Maria de A. Rodrigues, professora em Feital (Portugal) que ficou completamente restabelecida de uma moléstia muito grave, rezando a Antoninho.

Funda-se uma comissão em São Paulo, pró-beatificação de Antoninho Marmo. O pai do menino é encarregado de trazer a esta Capital uma petição com centenas de assinaturas, onde se pedia a beatificação da criança, ou melhor, que se iniciasse Processo de Canonização. A petição vinha acompanhada de documentos devidamente legaliza dos onde se comprovavam os milagres realizados por Antoninho. Tudo de acordo com o Direito Canônico. Pamphilo Marmo entregou-a ao Núncio Apostólico, Monsenhor Mosela, atual Cardeal. A petição foi enviada, segundo apurou nossa reportagem. para o Vaticano, em Roma, onde será examinada pela Congregação dos Ritos e pelo Papa.

À Igreja, portanto, cabe escrever o último capitulo desta reportagem. Aguardemos seu parecer.

Um grupo de pessoas que obtivera graças divinas por intermédio de Antoninho, seguindo os desejos do menino, criar a “Associação Sanatório Antoninho da Rocha Marmo”, em 21 de dezembro de 1941, com a finalidade precípua de mandar construir e manter, em São José dos Campos, uma Casa de Saúde para ali serem internadas, gratuitamente, crianças tuberculosas comprovadamente pobres.

Graças aos esforços de sua diretoria, composta de figuras de projeção da sociedade paulistana, como as Sras. Luciana do Amaral Mendonça Ferraz e Maria de Aguiar Witaker, breve isto será uma realidade. A pedra funda mental do Sanatório e da Capela anexa de N. S. da Saúde, for lançada em 21 de dezembro de 1942. E, talvez quando esta revista esteja circulando, ele já deve ter sido inaugurado.

Antoninho desejava que o Sanatório fosse dirigido por uma entidade religiosa composta exclusivamente de brasileiros. Assim o fizeram os membros da Associação, que doaram o Sanatório a Ordem das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada pertencentes a Casa de Sta. Inês, de São José dos Campos.

Antônio da Rocha Marmo, um menino paulista falecido há 24 anos, em 21 de dezembro, vem realizando muitos milagres – Vai, dia a dia, crescendo o número de pessoas que acreditam em seus poderes sobrenaturais – Pedida ao Papa a sua beatificação.

Texto do MÁRIO DE MORAES

Fotos e reproduções NEIL FERREIRA


TODOS os dias a sepultura número 6 da quadra 80 do Cemitério da Consolação em São Paulo é visitada por grande número de fiéis que ali vão depositar flores agradecer as preces atendidas. Nela estão guardados os restos mortais de Antônio da Rocha Marmo, um menino paulista falecido em 1930.

A razão dessa romaria diria que aos domingos é mais intensa, deve-se ao fato de Antoninho Marmo, como é mais conhecido, ser considerado um menino Santo por inúmeros católicos, apesar do Sumo Pontífice ainda não ter dado a definitiva palavra da Igreja. A mãe desse menino, D. Maria Isabel da Rocha Marmo, ainda é viva e mora em São Paulo à Rua Sampaio Viana, 177. A reportagem de O CRUZEIRO visitou sua residência e ela nos recebeu com alegria por saber que iriamos divulgar fatos da vida do filho querido, mas recusou-se em ser fotografada.



Polidamente, mas de maneira em não deixar dúvidas, durante tempo em que estivemos, negou-se a posar para a objetiva de nosso fotógrafo. Muita gente já andou dizendo que eu faço comércio com os milagres do Antoninho” disse-nos. E continuou: “E pessoas que tiveram

em de insinuar tal coisa, o que não dirão quando virem a minha fotografia na vossa revista? Já passei muitos dissabores por causa disso e agora quero descansar”. Permitiu-os, porém, que fotografássemos tudo o que, em vida, pertencia ao menino que lá conserva carinhosamente. Obtivemos, -outrossim, com ela e outros parentes de Antoninho, como seu tio Clemente Mario (que nos forneceu as fotos para reprodução), todos os dados para esta reportagem.

Antes de nos retirarmos da casa da Rua Sampaio Viana, ficamos sabendo que D. Maria Isabel todos os domingos vai visitar o túmulo do filho.



E sim, logo o domingo seguinte, nosso fotógrafo desde cedo postou-se nos portões do Cemitério da Consolação e conseguiu obter a sua foto orando junto a sepultura de Antoninho. Este menino nasceu em São Paulo, no dia 19 outubro de 1918. Veio ao mundo numa época de luto para o Brasil, pois passava em nosso país a terrível epidemia denominada “gripe espanhola”.
Na própria casa onde moravam seus pais, na rua dos Bandeirantes, 24, um homem agoniava, vítima da terrível moléstia. E, no dia em que o menino nasceu, seu estado havia se agravado. Como é sabido, aquela doença não poupara ninguém. O mais leve contato com um enfermo portador da “gripe” poderia transmitir o contágio. Por isso mesmo os médicos temiam atender seus clientes, preferindo manter-se trancados dentro de casa. Temerosos de que algo de mal pudesse acontecer ao recém-nascido, seus pais resolveram batizá-lo, com água do socorro. Quando estavam procedendo a esse mister, alguém bateu à porta da casa. Pamphilo, o pai da criança, foi atender. Um homem estava do lado de fora, dizendo-se médico pediu para examinar o doente que ali se encontrava. Embora bastante admirado, Pamphilo levou-o até o leito de enfermo O facultativo examinou-o, receitou alguns remédios e, em seguida, retirou-se, nada querendo receber como pagamento da visita. No dia seguinte, o doente, que estava desenganado, as portas da morte, amanheceu completamente restabelecido. Do tal médico, ninguém mais ouviu falar. Esse é o primeiro milagre atribuído ao menino.
 

Acreditam devotos que ele já nasceu predestinado. Dois anos mais tarde (13 de junho de 1920) na data em que Igreja comemora o aniversário de Sto. Antônio, o filho do casal Rocha Marmo recebia na pia batismal o nome de Antônio, confirmando o batismo feito no dia do seu nascimento. Desde cedo, Antoninho revelou-se um menino diferente dos demais. De uma inteligência fora do comum e de uma bondade sem limites, adorava tudo que tivesse relacionado com a Igreja. Venera o Papa e todos os seus ministros e contava com inúmeros amigos entre a classe clerical. O Padre Olegário da Silva Barata, um de seus maiores amigos, após sua morte, escreveu um livro intitulado Antônio da Rocha Marmo (Antoninho), aprovado pelas autoridades eclesiásticas de São Paulo. Pessoas pobres sempre recorriam ao menino quando se encontraram em dificuldades, e nunca ele deixou de atendê-las. Antoninho ficava embevecido vendo os padres celebrar missa na igreja local. Dom Epaminondas, que era Bispo de São Paulo ao saber desse fato, mandou de presente para o menino por intermédio de Padre Olegário, um lindo e pequeno altar portátil, acompanhado dos parâmetros necessários às cerimônias de culto católico. Antoninho armou o altar no fundo de casa e ali, diariamente, passou a celebrar missa, assistido por dezenas de pessoas que acreditavam o assistido por poderes sobrenaturais. Sem conhecer só palavra de latim, lia e interpretava o Missal. As cerimônias litúrgicas eram executadas com tanta fé e convicção que chegavam a atrair os incrédulos.

Dedicadíssimo aos estudos, Antoninho passava horas trancado no quarto em companhia dos livros escolares. Isto, porém, acabou por prejudica-lo. E o menino foi definhando dia a dia. Examinado por um médico, constate que estava fraco do pulmão e necessitava urgentemente ir para longe da capital paulista. Seus pais levaram-se para Campos de Jordão Nessa cidade o menino criou uma verdadeira legião de admiradores. Ele nunca lamentou a sua sorte, sofrendo com resignação. Aqueles que se mostraram tristes por causa, ele lhes dizia que não devam lamentá-lo pois “esse era o desejo do Criador e a ele era submisso “. Se estado agravava-se cada vez mais, todavia ele nunca se descuidava de suas atividades caridosas, ajudando os pobres, ensinando catecismo, dando conselhos em nos dias de maior sofrimento, celebrando missa. Muito consciencioso, não admitia que ninguém tocasse no que era seu, a fim de ser contagiado pela doença. Foi tratado pelos melhores médicos paulistas e fez diversas viagens a Campos do Jordão e São José dos Campos, mas cruel doença acabou por tomar conta de seu organismo depauperado e, no dia 21 de dezembro de 1930, com a idade de 12 anos, ele veio a falecer.

Seu enterro foi acompanhado por milhares de pessoas. Criaturas de todas as classes sociais seguiram o féretro até a última homenagem ao menino que julgavam santo. Desde tenra idade Antoninho apresentou um estranho poder de previsão. Certa vez foi visitar a Madre Superior da Casa da Misericórdia de São Paulo, a Irmã Agueda, que estava muito doente. À saída, voltando-se para pessoa que o acompanhava, disse tristonho: ” Pobre Irmã Agueda não viverá muito”. Depois, vendo no longe diversas Irmãs de Caridade, falou: Olhe, ali vai a futura Madre Superior Irmã Eugenie”. E foi o que realmente aconteceu. Noutra ocasião, conversando com a Irmã de Caridade Maria Vicentina, da Congregação de São José, afirmou que a questão romana existente entre a Santa Sé e o Reino da Itália seria ligada com a vitória da Igreja pelo Sumo Pontífice Pio XI, então reinante. Antoninho tinha, nessa época, 6 anos de idade. Cinco anos depois, 1929, essa visão torna -se realidade. Um dos fatos mais surpreendentes, porém, é contar pela própria mãe do menino. Certa vez encontrava-se a canto triste, pensando na doença do filho. O menino aproximou-se e disse: ” Não fique assim, Eu estou doente, mas essa é a vontade do Senhor” E qual novo São Francisco de Assis: A senhora está vendo aquele pintassilgo na árvore do jardim? Se eu fizer com que ele venha posar no meu dedo cantar, a senhora acredita que é por vontade d’Ele que me encontre este estado?


E o pássaro voou de onde estava e veio cantar no dedo do menino. Tinha piedade das crianças doentes como ele e que eram menos afortunadas. Imagino criação de um Sanatório em São José dos Campos para os tuberculosos pobres. Com suas próprias economias chegou a adquirir um terreno para esse fim. Hoje, graças a dedicação de sua mãe e pessoas amigas que acreditam nos poderes sobrenaturais, essa obra pode tornar-se realidade e agora na cidade, já existe o Sanatório idealizado pelo menino.

Nossa reportagem teve oportunidade de ter uma relação tendo milhares de nomes de pessoas, com os respectivos endereços, de todas do Brasil e de outros países da América Latina e mesmo de Portugal, que obtivem graças atribuídas a Antônio Marmo. A lista é imensa, mas podemos citar algumas. Em São Paulo, D. Conceição Mendes (Rua Bento de Freitas, 10 apt. 61) ficou curada de pertinaz enfermidade de estômago.
O marido de Cláudia Diniz (Rua Madre Teodora, 509) ficou livre de terrível doença que o atormentava haviam 10 anos, vivendo com as mãos terrivelmente inchadas; D. S Homem de Melo (Rua Conselheiro Brotero, 1162) ficou curada de um câncer em estado agudo. Sua cura foi constatada por uma junta médica.
No Rio, o menino Marcelo (Rua Humaitá, 244) ficou bom de forte infecção. D. Maria (Rua Tibai 22, apt. 302) livrou-se de grave doença das vias respiratórias. Maria Julieta (Av. Paulo de Frontin, 575) estava as portas da morte com difteria. Salvou-se milagrosamente. Do exterior podemos citar o caso de D. Maria A. Rodrigues (Feltal, Portugal) que ficou completamente restabelecida de moléstia incurável rezando a Antoninho. Por esta razão encontra-se hoje em na casa dos milhares os devotos do menino.
Há tempos fundou-se em São Paulo uma comissão pró-beatificação de Antônio Marmo. Foi feita petição com centenas de assinaturas, onde se pedia que fosse iniciado o Processo de Beatificação do mesmo. A petição vinha acompanhada de documentos devidamente legalizados onde se comprovavam os milagres realizados pelo menino. Tudo de acordo com o Direito Canônico. Ela foi entregue o Núncio Apostólico da capital que a enviou ao Vaticano. Está sendo examinada pela Congregação dos Ritos e pelo Papa. A Igreja caberá, portanto, dar a última palavra sobre a santidade ou não do menino António da Rocha Marmo, cuja história é narrada aqui.




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Wagner Ribeiro – São José dos Campos Antigamente


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