Apagando na quermesse

Quando comecei a trabalhar na Rádio Piratininga, redigindo o noticiário do dia e narrando o Jornal do Meio Dia, ainda continuei participando das serenatas. Dormia à tarde e à noite saia com a turma da serenata. Nesta época tinha o Haroldo, um rapaz de quem nunca ouvi mais falar, que me acompanhava no final e ficávamos conversando sentados no banco da Praça da Matriz até a hora de começar a trabalhar, por volta das oito horas da manhã.

Uma semana em que acontecia a quermesse do DAS (Departamento de Assistência Social) da Prefeitura, comandada por dona Célia de Jesus Marcondes, esposa do prefeito José Marcondes Pereira, num terreno baldio (esquina da rua 15 de novembro com a travessa João Dias), estava dois ou três dias sem dormir à tarde por alguma razão excepcional. Mas continuei a participar das serenatas. De volta de uma delas, parei na quermesse que já estava vazia para uma conversa de fim de serenata. O Dico, que morava ainda na rua 7 de setembro, na qual fomos vizinhos, e eu que estava nesta época morando com meus pais na rua José Leite da Silva, no Jardim Bela Vista. De repente senti uma tontura. Foi só o tempo de passar o violão para o Dico segurar. Quando acordei estava em cima do balcão de uma barraca da quermesse. Minha primeira preocupação foi perguntar ao Dico se o violão estava bem! Já era tempo de deixar as serenatas apenas para as noites de sábado.
Luiz Paulo Costa – Jornalista

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