Uma manhã entra na sala da Assessoria Jurídica o presidente da Câmara, Sebastião Teodoro de Azevedo, e quando saudado efusivamente pelo assessor jurídico Dr. José Rubens Barbosa, coloca o dedo indicador atravessado na boca pedindo silêncio. E aponta para cima, falando baixinho: “Aqui tem microfone escondido! Caçapava está sabendo de tudo que conversamos ontem à noite aqui!” É que ele tinha sido chamado ao quartel de Caçapava e o general do 6° RI tinha contado a ele coisas que haviam sido conversadas ali. Ele não se amedrontou, mas estava bastante apreensivo. Mesmo diante de seu aparente nervosismo, o Dr. José Rubens Barbosa não deixou por menos: “Tem microfone aqui? O general está ouvindo? Então eu quero que este general vá pra…” “Não faça isto, Dr. Zé Rubens, o general vai me chamar de novo e agora você vai também!”
Depois de alguns dias, o mistério se desfez. A janela da Assessoria Jurídica dava para a área de estacionamento da Câmara. Na saída da sessão, ouvindo conversas em voz alta, o vereador Fauze Métene, que ia pegar o seu carro no estacionamento, postou-se embaixo da janela e ficou ouvindo o que se dizia. De manhã, transmitiu ao prefeito Sobral, que telefonou para o general do 6° RI contando que a trama contra ele e o governo continuava.
Luiz Paulo Costa – Jornalista
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