Com 15 anos de idade, morando com minha avó Isaura Leme Costa, na Rua Coronel José Monteiro, resolvi ir à brincadeira dançante de sábado à noite na Associação Esportiva São José. A sede e o salão de bailes da AESJ ficavam na Praça da Matriz (atual Padre João). Devidamente autorizado vesti o meu primeiro terno, cinza, comprado por minha avó para visitar o Santuário de Aparecida e tirar aquela tradicional foto com o lambe-lambe em frente à igreja. E lá fui eu.
A brincadeira dançante terminou por volta da meia noite ficamos conversando no Jardim da Preguiça (Praça Cônego Lima), depois de ter saboreado o bauru com vitamina do Bar do Alemão. Conversa vai, conversa vem, o dia clareou. Sai correndo para tentar pegar minha avó ainda dormindo. Chegando em casa, abri o portão sem fazer barulho. Quando ia chegando à porta minha avó abriu a parte de cima e deparou comigo de terno e gravata. “Ué, Paulinho, você já está de pé?!”, disse-me ela. “Sim vovó! É que eu vou indo à missa da Igreja Santo Antônio!”.
Terminada a missa, voltei pra casa e deitei dizendo para a vó Isaura que ia dar uma cochilada. Lá pelo meio dia, minha mãe Virgínia, que morava ao lado com meu pai e os demais filhos, anuncia que o almoço estava pronto e pergunta para minha avó sobre mim. “Não sei o que está acontecendo com o Paulinho, responde ela. Levantou cedo para ir à missa e na volta deitou para dar uma cochilada, mas continua dormindo até agora!”
Luiz Paulo Costa – Jornalista
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