ETEP (1972-1973)

Um riquíssimo relato seguido por um documento fotográfico sem precedentes. Tão bom ver esse acervo dar as caras no universo digital, atingindo não só os envolvidos como a população que desfrutará destas imagens e conhecimentos transmitidos. Claro que os depoimentos dos ex-alunos dados no grupo SJC Antigamente estarão presentes enriquecendo a publicação. Muito grato Sergio!







Tive o privilégio de estudar nessa instituição. O ensino técnico era de altíssima qualidade. Algumas apostilas da eletrônica eram adaptadas de material do ITA. No segundo ano os alunos já navegavam com desenvoltura pelo cálculo diferencial e integral. As primeiras calculadoras eletrônicas de quatro operações estavam surgindo e eram caríssimas. As réguas de cálculo ainda eram ferramentas indispensáveis. No desenho técnico, ferramentas como Autocad ou Catia, só nos livros e filmes de ficção científica. Tudo acontecia traçando com tinta Nankin no papel vegetal. Os alunos eram iniciados nos fundamentos dessa arte pelo Prof. Teramoto, rigoroso nos detalhes.





“Voltei no tempo. Trabalhei lá de 1971 a 1978. Que tempo bom. Era secretária no departamento de economia e finanças.” Por Sandra Regina Garcia Carvalho.

Tive o privilégio de fazer um curso técnico em mecânica. O ensino era de altíssima qualidade! Os professores de altíssimo nível! Um dos maiores orgulhos da minha vida foi me formar lá como um dos melhores alunos da minha época e sem ter uma única falta! Muita saudade! Queria deixar um agradecimento especial ao professor Simão Pedro, um dos melhores e mais antigos professores que passou por essa instituição!” Por Rafael Ribeiro.

“Estudei na ETEP de 1999 a 2001 fiz Eletrônica ,lembro que as indústrias iam nos buscar para fazer estágio , os alunos da ETEP tinham um conceito elevadíssimo pelas Empresas da Região.” Por José Carlos.

“Meu avô foi professor e diretor. Na época moravam na ETEP, estudei Mecânica de 88 a 90 quando mudei de Estado. Fui aluno do Cavaco, Teramoto, Abdias… Oh saudades!” Por Adamo Pasquarelli.





Por incrível que possa parecer, o curso era gratuito e incluía a possibilidade de alojamento e alimentação. Um grupo enorme de adolescentes morando sozinhos, a maior parte deles em um pavilhão enorme sem paredes denominado “Galinheiro”. Tenho minhas dúvidas se a geração Millenial se adaptaria. Um grupo quase que exclusivamente masculino. Poucas e corajosas meninas. O espírito de corpo era fortíssimo entre os alunos, estimulado pela necessidade de sobrevivência nos cursos que exigiam muito estudo e incontáveis noites em claro antes das provas. Café com coca cola era refresco. Mexer com um etepiano podia envolver risco. A Vila Ema era bem diferente, um bairro residencial periférico onde a concorrência pela atenção das moças as vezes acabava em brigas feias entre os locais e Etepianos. Mais de uma vez, a Vila Ema foi invadida por legiões de centenas de Etepianos, em defesa de seus pares que tinham levado a pior em alguma briga. A multidão marchava do alojamento, com a roupa do corpo e muita disposição para encrenca.





“Impressionante. Na foto da quadra ao fundo tinha o Seminário onde é o atual Jardim Aquárius e era só mato, e o Jardim Esplanada nem existia!Por Carlos Eduardo Camadoni.

Estudei lá 75/77, e a descrição é esta, fora a parte de esportes que era muito forte também, Joguei vôlei e sobretudo handball pela escola. E a sala de som… Grandes discos mesmo!Por Viktor Codja.

“Tive o privilégio de estudar um ano lá em 77/78. Realmente o espírito guerreiro é união era impressionante. Joguei vôlei e fomos campeões no campeonato de São José dos Campos. Fomos pro estadual e ficamos alojados no Ibirapuera. Tempo bom.” Por Maurilio Santana.

“Vila Ema e Jd. Maringá foi reduto de alojamentos chamado de Repúblicas com festas e desenvolvimento de muitos eventos dos alunos que vinha de todos lugares do Brasil.” Por LimaOfficestar Lima.





“Tive o privilégio de estudar aí nos anos 60. E esse arco que fizeram perto do Extra (Arco da Inovação)para quem não saiba é projeto de um de meus colegas dessa escola chamado Caio Francisco Ribeiro. Saudades de tempos que guardamos na memória.” Por Pio Tinoco.

Incrível! Passei 18 anos na ETEP como professor de Organização e Normas (Org) e não tive a ideia de fazer uma memória fotográfica como essa daqui; que pena! Parabéns para quem foi da época e fotografou…” Por Eliseu Carlos Boer.

Estudei de 73 até 76. Nessas fotos, várias com a minha turma de “bichos” recém chegados. Adorei. Pena que não me encontrei no meio de todos. Reconheci o Pulguinha e a Vera.” Por Norma da Matta.

Ao lado minha casa na Vila Ema tinha uma casa alugada pra republica de alunos da ETEP. Rapaziada boa, só que pedia muita coisa emprestada, sal, farinha, ovo óleo, açúcar, café, ate papel higiênico. Mas devolviam sempre. Muito educados. Quando faziam alguma bagunça a noite, era só dizer: aqui tem criança pequena, e tudo de resolvia, com um pedido de desculpa.” Por Anesio Gobbi.

“Nesta época , eu cursava a EEI , que baseada no sucesso da ETEP, e nos conceitos do ITA , era uma excelente escola de Engenharia. Olhando as fotos, alguns rostos me parecem familiar, que saudades destes tempos.” Por Silvio Russomano.

“Eu fui da turma de 76, era a única mulher a sala de aula. Lembro-me de professores como a Arlê, Albenzio, Fritz,José Luiz, Edo Paiotti entre outros. E como não lembrar o Robert na cantina e do Salsicha.” Por Ana Doce Pirro.








O exame de admissão era concorrido e atraía gente do país inteiro

O Diretório Acadêmico tinha um papel importante na defesa das reivindicações dos alunos, educação política e nos necessários eventos e atividades sociais extra estudo. A sala de áudio forrada com caixas de ovo em busca da acústica perfeita, equipamento de som de alto nível e uma coleção invejável e sempre atualizada de long-plays (bolachões) me dá saudade até hoje.

O Tênis de Mesa na cantina era disputadíssimo nos intervalos e muitos talentos se desenvolveram nesse esporte. Os melhores tinham suas próprias raquetes (Marca Waikiki?).

O corpo docente tinha nível elevado e muita motivação e os laboratórios bem equipados. Devia ser um desafio enorme manter essa estrutura funcionando bem. Quando algum conflito mais grave acontecia, bastava a presença do Prof. Latgé para esfriar as coisas imediatamente. O homem impunha respeito.

Por Sergio Bassi








Traga sua história para ser contada!
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Wagner Ribeiro – São José dos Campos Antigamente

16 thoughts on “ETEP (1972-1973)

  1. Estudei na turma de eletrônica, de 1974 à 1977, fiz o 7° semestre, e me encaminhei na área técnica e depois engenharia eletrônica.
    Foi a melhor época da minha vida, experiências intensas e boas amizades. Lembro como se fosse hoje.
    Excelentes professores, ajudaram a forjar bons profissionais e principalmente bons cidadãos.
    O nível de ensino foi tão forte, que em algumas matérias técnicas na engenharia eu “morceguei”
    Me considero privilegiado por ter vivido isso tudo.

    Um abraço a todos!

    Constantino Demétrio Pritsopoulos

  2. Um dos melhores períodos da minha vida, de 1974 a 1976. Apesar da maioria dos alunos serem de fora de SJCampos, continuamos com a amizade por muitos anos após a formatura.

  3. Olá, Sou da turma de 1976, número ETEP 1796, eletrônica, amigo do Rubens e Valmir e tantos outros! O ensinamentos que lá tive uso ainda hoje, mais ainda do que aqueles da faculdade que fiz depois. As imagens acima são uma boa viagem ao passado, quando a memória começa a falhar, foi uma alegre surpresa chegar nesta página. Abraço a todos os Etepianos!

  4. Sou da turma de eletrônica de 1974 à 1977. Feliz em recordar tudo isso. Parabéns ao Wagner por esse trabalho. Uma maravilhosa escola, ótimos professores, tínhamos de estudar muito, mas faria tudo de novo se voltássemos no tempo. Professores Fritz, Albênzio, Adamo Pasquareli, Raul, Coimbra, Maria Rosa, Viviani, e tantas outras feras. Abraço a todos.
    Rogerio Ferreira Osses

  5. Olá,

    Saudações á todos que estudaram nesta fantástica escola de São Jose dos Campos.
    Turma de eletrônica na ETEP 1980-1985. Heverton Matsubara

    Como faço para enviar ou adicionar fotos?

  6. Sou da turma de 1976 a 1979, sou de Barra Mansa, RJ. Este período foi muito importante para a minha formação profissional e pessoal. Abraços a todos os colegas. Rubão

  7. Sou da turma de 1976-1979 … ETEP é a escola mais importante da minha vida.
    Vai uma homenagem à… Dona Juracy e à Del… que comandavam a biblioteca.
    Para o … Honorato, Iracema e Roberto da cantina.
    E também para a … Glória Lélis (Química) e o Albênzio (inglês) já falecidos.

    VALMIR OLIVEIRA – PARAIBUNA

    1. Grande abraço Valmir … mora em Paraibuna ??? No próximo dia 28/01 estarei correndo 🏃‍♂️ aí no Trilhas & Montanhas … grande abraço 🤗

  8. existem muito mais historias,onde fui um deles,da ETEP , gostaria que incluissem ,historias,do grupo ETEP 69a 71,tambem.

  9. Viajei no tempo. Que saudade da ETEP… que orgulho de ter estudado nessa escola. Passados quase 37 anos que terminei o curso técnico em mecânica, tenho certeza que sou capaz de desenhar, com régua T e esquadros, até se for pendurado de cabeça para baixo (dá-lhe Teramoto). Talvez, com algum esforço, eu até consiga calcular o tempo de vida de uma ferramenta de corte a partir da velocidade (rpm) e avanço – e parece que eu estou vendo o professor Celso. E cada vez que eu pego com as mãos alguma coisa que está muito quente, logo me lembro do Luisão – instrutor de forja e solda – que tirava onda conosco porque não conseguíamos apanhar alguma peça que estava quente. O cheiro de óleo do pavilhão 2 – a oficina onde ocorriam as aulas de prática industrial (P.I.) – está impregnado no minha memória. O número do meu prontuário acabou incorporado ao meu DNA. A ETEP foi uma experiência sem igual. Depois dela fiz graduação, mestrado, doutorado. Mas nada supera o que aprendi na ETEP. Não foi só matemática (muita mesmo – meu respeito às professoras Maria Isabel e Maria Rosa), não foi só desenho, não foi só resistência dos materiais, não foi só métodos de produção, não foi só tecnologia de materiais. Na ETEP eu me formei. Tudo que veio depois está ligado ao que lá aprendi, mesmo que nada tenha a ver com mecânica ou o que lá estudei.

    1. Muito bom ouvir essas histórias, passei por Celso e terramoto também de 2002 a 2004..infelizmente os mesmos não se encontram mais conosco.. Eram serem diferenciados e que amavam o que faziam.

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