Bebida não prejudica a saúde: Senado rejeita novo projeto
A Comissão de Saúde do Senado acaba de rejeitar o Projeto de Lei do deputado Octavio Torrecilla que estabelece a obrigatoriedade da inclusão dos dizeres “prejudicial à saúde” nos rótulos de quaisquer bebidas alcoólicas, sejam simples latas de cerveja, garrafas de vinho de mesa, do Porto, licores ou vodca, gin, uisque…
O projeto, que havia sido aprovado na Câmara dos Deputados apesar de unanimemente rejeitado pela Comissão de Saúde da própria Câmara, foi fundamentado, única e exclusivamente, num artigo publicado, em 1979, no Jornal da Tarde, de que mostrava os problemas do alcoolismo, não especificando nada sobre o uso moderado das bebidas alcoólicas. Mais ainda: meses depois, o mesmo jornal publicava numa tradução do Washington Post vasto artigo mostrando os benefícios do álcool, revelando a inconsistência do projeto.
Sem fundamentos
A Abrabe – Associação Brasileira de Bebidas – que reúne os maiores fabricantes e comerciantes de bebidas do País, já enviou extenso memorial ao Congresso, mostrando a falta de fundamentos do referido projeto, com base em depoimentos das mais conceituadas autoridades internacionais. Um dos documentos apresentados, inclusive, foi elaborado para o Congresso dos Estados Unidos, depois de pesquisar em todas as áreas, mostrando que, em si, as bebidas não fazem mal à saúde, bem ao contrário, podem até ser benéficas. E foi idêntico o parecer do Ministério da Agricultura da Inglaterra. Aliás, não existe em todo o mundo, um único país, civilizado ou não, com lei semelhante e, nos Estados Unidos, Colômbia e Trinidad Tobago, onde existiram projetos semelhantes, foram radicalmente rejeitados, por não expressarem a verdade.
Paradoxo
Na hipótese da aprovação do projeto, ainda em tramitação no Senado, estará estabelecido um flagrante paradoxo, pois na legislação pertinente aos alimentos, incluem-se também as bebidas e seria consequente que o Governo aprovasse, produtos prejudiciais à saúde para serem consumidos pela população.
O projeto do Deputado Torrecilla, não estabelece, por sua vez, qualquer norma com relação aos produtos brasileiros exportados e nem com relação às bebidas importadas, que, poderiam até ser comercializadas sem os dizeres “prejudicial à saúde” enquanto aquelas fabricadas no Brasil seriam obrigadas a essa nova rotulagem. (NOTA DA REDAÇÃO): Prejudicial à saúde é um Projeto desta natureza…).
Nota: lembre-se, estamos falando de 1982, ok?
Vamos esquecer o Clemente e seu Pistom? Não, não vamos
Esta semana, o Jornal da Noite está focalizando uma personalidade muito conhecida e querida em todo o Vale do Paraíba. Trata-se nada mais nada menos do que Humberto Clemente Gomes, o “Clemente do Pistom” como é chamado pelos músicos e amigos. Nascido em 24 de agosto de 1925 em Taubaté, Clemente está há 25 anos em São José dos Campos onde é muito requisitado para tocar o seu Pistom. Sua carreira de músico começou em 1940 “no Jazz Band”, um antigo conjunto de sua cidade natal.
“Para São José dos Campos, eu vim a convite de Sérgio Weiss ocupando um lugarzinho no Biriba Boys, onde fiquei 16 anos, isto é, cheguei em 1950 e em 65 deixei o “Biriba” para participar de um conjunto chamado “Seresta”, tive uma passagem pelo Elite Clube e depois comecei a tocar em alguns restaurantes da cidade“.
Para Clemente a noite joseense precisa melhorar, está muito apagada e isto deve-se a uma grande falta de incentivo aos músicos da cidade que “estão abandonados”, pois as casas estão programando músicas cassete e FM, que ocupam os lugares de muitos músicos da cidade e região. Clemente é muito procurado para tocar em festa de casamentos e batizados, mas reclama que as casas noturnas da cidade que têm condições de contratar músicos estão se esquivando e “a esta altura, o direito do intérprete para onde vai?”
Considerada uma grande figura da noite e muito conhecida pelos boêmios, Clemente também gosta de uma “birita”. Na última segunda-feira tivemos o privilégio de encontrá-lo na lanchonete Meu Cantinho e entre umas e outras, batemos este “incrementado” papo.
Estreando hoje em nossas páginas, uma nova colunista: É a corujinha”, muito conhecida na cidade e região, mas aqui ela é misteriosa. Ela fala demais, ou melhor, escreve. Quando a “corujinha” entra no ar, lá pelas tantas da manhã muitas dicas da noite joseense e da região vão estar em pauta, pois realmente ela sabe das coisas.
● JJ No Choppnhauer além de encontrarmos o sensacional, Xingu Trio, pudemos anotar Drausio Silva muito bem acompanhado, com esposa e filha.
● O boêmio mais boêmio, Clodion Vassalo com ótimas novidades para o mês de setembro. Parece que a boemia vai terminar. A barba do Dito, diretor do Choppnhauer, agora no ponto certo, fazendo enorme sucesso com aqueles fiozinhos grisalhos. Está mesmo um “charme”.
● O Carlos Henrique de Miranda, conhecido como “Carlão”, é o freguês mais irriquieto do Choppnhauer. Não pára um minuto no lugar. Senta, levanta, senta levanta. Acho que deveria usar “tergal” para não ficar amarrotado.
● No Girassol, sempre um bom petisco e uma boa música. Para os que não sabem, Lucio, um dos proprietários, é artista nato. Toca violão e canta, sem falar das pinturas que faz.
● A “corujinha” vai formar o Grupo TG (Turma da Geladeira), e olhe que muita gente pode ficar congelada.
● No Bar do Canário, além da cerveja geladinha, uma boa pedida é levar para casa o nhoque semi-pronto. E tão saboroso, que não será necessário arrumar desculpa quando chegar tarde em casa. Agrada qualquer esposa.
● Julinho do La Cave só aparecendo no restaurante aos finais de semana, pois anda viajando à serviço. Na sua Falta, Freitas (o bigode), comanda a casa. Muita gente com saudade do “Juju”.
● A lanchonete Made é um ponto de agradável, com som ambiente e saborosos petiscos. O fillé à parmegiana muito bem preparado, vale por dois.
● O trio Ponto de Interrogação fazendo sucesso nas noites joseenses. Apresenta-se no La Cave e no Choppnhauer, sem contar que participou do II Festival Embraer da Canção, acompanhando os intérpretes de olho no conjunto, sempre uma bonita loura.
● No Frangão, do Mini Center Ady-Ana, também se come uma boa carne de sol com mandioca frita. O aperitivo das 18hs. Reune empresários joseenses para informal bate papo. No comando, Sônia e Hélio Gomes.
Por hoje a “corujinha” se despede, prometendo voltar na próxima semana com muitas novidades para os leitores do Jornal da Noite. Agora ela vai voar para o seu encontro com a madrugada.
Hoje, o Baile dos Namorados no Estrela D’Alva
Neste sábado, o Estrela D’Alva realiza seu baile dos namorados, com o conjunto Transa Som, a partir das 23 horas. O diretor do Estrela, Aloísio, promete um grande baile, com muita animação e distribuição de brindes aos namorados, além de prêmios para os casais melhor caracterizados, de acordo com o dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro.
Já está arma do o “Arraiá do Estrela D’Arva”, com decoração junina e barracas de comidas típicas desta época, para animar a moçada com quentão, bolinho caipira, bolão de fubá e mais uma série de comidinhas e bebidinhas. No Estrela D’Alva neste sábado o que vale é o amor, com muito som e animação.
Gente nova no Flor de Paris
A grande família de Natanael Rodrigues de Mello, proprietário da Flor de Paris, ficou maior no último dia 7, com o nascimento de seu terceiro neto, filho de José Moreira Correia e Cecília de Melo Correia. O primeiro filho do nosso amigo Moreira, gerente da Flor, nasceu no Hospital Pio XII segunda-feira passada.
Umas e outras
O professor de literatura pergunta à aluna:
–O que você gostaria de ter para ler se ficasse perdida numa ilha deserta?
–Um marinheiro com o corpo todo coberto de frases tatuadas.
Após três dias e três noites de lua-de-mel, o casal desceu para o restaurante do hotel. Quando o garçom apresentou o cardápio, a jovem esposa virou-se para o marido e disse.
–Querido, você sabe o que eu gosto, não sabe?
-Sei sim, meu amor. Respondeu ele.
-Mas de vez em quando a gente precisa se alimentar, você não acha?
Duas calcinhas estão enxugando no varal. Uma delas, de seda preta, cheia de rendinhas, vira para outra, de simples algodão branco, e diz:
–Ontem me levaram a uma festa fabulosa.
–Você tem muita sorte! Mais uma vez me puseram de lado na hora da farra!
Um velho criador de gado está com um problema com seu touro reprodutor, que não se digna sequer a olhar para as vacas. Pede então ajuda ao veterinário, que receita um medicamento novo. Dias depois, o homem encontra um amigo e conta:
–É realmente um remédio excepcional. Num só dia o touro ‘paquerou” trinta vacas.
–Mas, afinal, que remédio é esse? – pergunta a outro, interessado.
–Não sei. Sei apenas que tem um gostinho muito bom de hortelã…
Crônica – Breve aventura depois do quinto chope
Depois do quinto chope, escreveu no branco do guardanapo: “Eu queria deitar meus lábios sobre os teus pelos proibidos” e mandou o garçom entregar para a misteriosa morena que diariamente frequentava o bar, com aquele ar sensual de quem acabou de dar uma e está querendo mais. O garçom entregou o recado. A morena sorriu, levantou-se e foi até a mesa dele. Um arrepio de sensualidade percorreu sua espinha dorsal. A morena sentou-se à mesa e em voz baixa perguntou: “Você vem sempre aqui? Um bom lugar…vamos tomar uma vodka…“. Depois da segunda vodka, pôs a sua mão sobre a mão da morena e pôde notar no pulso uma pulseira com dois pequenos pássaros. “O que é isso“? Ele perguntou e a morena, já com os olhos molhados pela sensualidade noturna, prontamente respondeu: “Ganhei esta pulseira de um amigo que foi ao Peru; estes pássaros são dois símbolos que representam, segundo a lenda, uma força de você querer as coisas“. Aproveitou a deixa e falou meio tímido: “Eu quero você, agora“.
Pagou a conta e foi para um hotel de segunda classe. O espaço do quarto tinha uma cama de casal, uma velha penteadeira com um espelho manchado e um eterno cheiro de porra no ar. Tiraram as roupas e diante do velho espelho sentiram-se como dois amantes numa foto desbotada. Amaram-se até três horas da manhã. Depois saíram do hotel e caminharam pelo frio da madrugada, procurando o último boteco aberto. Encontraram um, no Centro, com putas, motoristas de táxi e vagabundos encostados no balcão batendo um papo tão furado quanto a lona de um circo de periferia. Sentaram-se no balcão e pediram uma cerveja. Olharam-se amorosamente. “Foi bom ter te conhecido” disse ela, ajeitando a pulseira com seus pássaros. “Eu também achei” disse ele, pondo a cerveja no copo. “Amanhã” – disse ela – a gente se vê no bar“. Após mais cervejas, o dia foi amanhecendo, claro como um vestido de verão. Ele deu-lhe um beijo longo na boca e pegou um táxi, Durante o caminho, meio bêbado, cantarolou uma canção qualquer. Seu coração estava pulsando vermelhamente, como o sinal fechado. Chegou em casa, abriu a porta, bebeu um copo de leite gelado e deitou-se ao lado da mulher. Olhou para o teto e sentiu-se novamente sozinho. Sentiu falta dos pássaros, do hábito, da morena. O dia caseiro começava a ser fatal…
Harmonia, música ao vivo e muitos amigos. Assim é o Girassol
Quando foram para o Nordeste, em 79, Lúcio (médico), sua mulher, Beth (engenheira), Carlinhos (engenheiro) e sua mulher, Lena (contabilista) ficaram encantados com os botequinhos que encontraram nas praias de Natal e Maceió. Daí nasceu a ideia de se fazer algo semelhante em São José.
Conta Lúcio que, na volta, a ideia ficou um pouco esquecida até que um dia Carlinhos apareceu em sua casa lembrando da proposta e avisando que já tinha até o lugar em vista. A partir daí começou a se concretizar um espaço livre, tipicamente brasileiro e de muito bom gosto na cidade.
A casa pintou por sugestão da Beth, na rua José Antônio Romeno Neme, no São Dimas, e o Girassol desabrochou. Ainda é Lúcio quem diz: “Nós já costumávamos reunir nossos amigos em casa nos finais de semana e resolvemos fazer isto profissionalmente“. Beth, especialista em comida nordestina transou o cardápio: casquinha de siri, mandioca frita, bolinho de fubá e outras delícias.
Lúcio faz um perfil do consumidor do Girassol, que, segundo ele,”é, geralmente, um profissional com ocupação e renda fixas, já estabelecido na vida, que deseja um prazer noturno“. Os sócios no Girassol têm em comum a afinidade de viver a noite e, para isto, o bar foi um complemento. E o caminho para conseguir o entrosamento total, que se reflete em todo o serviço do bar, garante Lúcio, “foi a harmonia entre todos, sem ganância financeira, senão o Girassol não existiria“.
Para curtir bem o queijo gorgonzola
O queijo gorgonzola é um dos preferidos para tira-gosto de vinhos e, geralmente, costumam jogar um pouco de azeite dos bons em cima, para suavizá-lo. O gorgonzola argentino é apreciado como um dos melhores e facilmente encontrado no mercado. Mas, os laticínios brasileiros também estão produzindo boas marcas do gorgonzola.
Aqui vão algumas dicas para se curtir bem um gorgonzola:
Guarde o queijo na geladeira. Não coloque no congelador. Para melhor conservar o queijo na geladeira, guarde-o embrulhado em papel de alumínio ou papel plástico transparente para evitar a perda da umidade. Se for possível, guarde o queijo embrulhado numa queijeira de vidro ou de plástico.
Quanto mais tempo se guarda o queijo, mais acentuado fica o sabor; portanto, se preferir um gosto mais ameno, não compre grandes quantidades por vez.
Se você tiver uma quantidade de queijo maior do que a que for usada para uma refeição, guarde o restante na geladeira enquanto ainda estiver frio.
Sempre sirva o queijo tipo gorgonzola em temperatura ambiente. Isto é, retire-o da geladeira 30 minutos antes de servir.
Ao comprar o queijo verifique se possui uma cor bem clara e uniforme sem partes amareladas perto da crosta. O cheiro não deve estar muito forte.
Jornal da Noite é uma publicação semanal (com distribuição gratuita), tiragem de 3.000 exemplares, com redação à Rua Almadina, 202 – Jardim Vale do Sol – São José dos Campos (SP). Todos os direitos reservados. Diretor Administrativo: José Maria Soares. Diretor de Redação: Antônio Donizetti de Carvalho, MTPS nº 12.886-Reg. no Sindicato nº 7012. Arte: Santos Chagas. Colaboraram nesta edição: Dailor Varela e Edna Petri. Composição e Impressão: Jornal ValeParaibano – Estrada Velha Rio-São Paulo, 3755 São José dos Campos (SP).
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