Vinhos: medicina redescobre antigas (e muitas) virtudes
Curar a tosse, ajudar a digestão, auxiliar o tratamento de várias doenças, entre as quais a anemia, são algumas das funções medicinais dos vinhos e de outras bebidas alcoólicas que, segundo especialistas, quando tomadas moderamente, podem mesmo fazer bem. Ainda que o paciente seja idoso.
Calda de açúcar queimado, com uma boa dose de uísque, sempre foi um dos melhores calmantes da tosse noturna, enquanto a gemada com o vinho do porto era a receita obrigatória de nossas avós para quem estivesse anêmico, por outro lado, a gemada com conhaque, pela manhã, sempre foi tida como o melhor remédio para dor de garganta.
A busca de produtos naturais e de soluções caseiras para pequenos problemas de saúde está de volta aos velhos hábitos que na verdade, tem fundamento na medicina. Segundo o médico italiano Pier Giovani Garoglio, da Universidade de Florença, existe alguma coisa no vinho provavelmente suas muitas enzimas que fazem com que ele seja indicado para pacientes que sofram de má absorção. Nesse distúrbio, que pode ocorrer como consequência pós-operatória ou nas pessoas idosas, as gorduras não são absorvidas e, em muitos casos, o vinho ajuda a restaurar a absorção ao nível da normalidade.
Diurético e digestivo
Os vinhos, especialmente os brancos, são considerados excelentes diuréticos, enquanto os vinhos tintos, de mesa, muito ricos em tanino e em substâncias aromáticas, fazem com que funcionem como estimulantes da digestão e até com certo poder laxativo. Aliás, dois farmacologistas da Califórnia, autores de “Alcoholic Beveragesin Clínica – Medicine”, demonstram o valor benéfico do vinho, especialmente em clientes internados, particularmente por seu valor “eufórico”.
Se muita gente acredita que a abstinência total pode fazer bem ao coração, é preciso dizer que essa mesma abstinência não ajuda totalmente o coração. É que depois de longos estudos, num hospital de Oakland e em casas para pessoas idosas, em Boston, especialistas americanos chegaram à conclusão de que uma pequena dose de bebida por dia pode favorecer a cura de muitos pacientes. Em Boston, por exemplo, um grupo de velhos, internados para recuperação começou a receber diariamente uma dose de cerveja, além de biscoitinhos e queijos e, muitos inválidos, passaram, depois disso, para o estágio de ambulatório e todos os que precisavam de tranquilizantes para dormir, deixaram de usá-lo. Existem pesquisas bem fundamentadas que indicam que algumas doses diárias podem retardar a incidência de ataques cardíacos.
Em doses moderadas
Se tomado em doses moderadas, o vinho funciona como um dos melhores estimulantes da secreção de suco gástrico, pancreático e da bilis. Em excesso, ele funcionará exatamente às avessas.
Tomados às refeições, os vinhos vermelhos, ricos em tanino, exercem uma moderada ação adstringente enquanto os ácidos orgânicos e os sais do vinho pobre em tanino, como o branco, têm leve ação laxante e, ao excitar os centros respiratórios, favorece a ventilação pulmonar. Segundo o professor De Gregori, para que o vinho pudesse atuar favoravelmente doses diárias: um litro, para quem desempenha tarefas pesadas; três quartos para um operário e meio litro para um trabalhador sedentário e também para as mulheres. Existe também outra teoria que fornece as quantidades ideais, de acordo com o peso de cada um e, aí, a vantagem fica com os gordinhos mais de 85 quilos que podem beber, sem prejuízo algum 1 litro de vinho ou 4/5 de vinho, mais um cálice de licor e. um de aperitivo. Quem tiver 65 quilos, contudo, terá que se conformar com 3/4 de litro de vinho ou 3/5 mais um cálice de licor ou de aperitivo.
Nota: lembre-se, estamos falando de 1982, ok?
Beleza Brasil dia 25 no Teatro São José
O Grupo Impressão Digital estará apresentando o Show Musical “Beleza Brasil”, nos próximos dias 25, 26 e 27 de junho, às 21h. no Teatro Municipal (antigo Cine São José), onde os ingressos já estão à venda pelo preço de Cr$ 600,00 a inteira, Cr$ 400,00 estudantes e Cr$ 350,00 com a apresentação de filipetas promocionais que serão distribuídas na cidade.
O Show é composto por 15 músicas que falam do homem do interior, da sua vida e das reações e descontentamento que enfrenta na cidade grande como São Paulo e qualquer outra metrópole. A interpretação é do cantor e compositor Pérsio, nascido em São Paulo e criado no interior. Roteiro e direção de Cláudio Mendel. No sábado, dia 26, os ingressos terão preço único de Cr$ 500,00. O teatro fica na Av. São José 935, centro.
A corujinha está de volta com muitas novidades e fofocas da noite joseense. E vejam como realmente ela sabe das coisas.
● O Baile dos Namorados que aconteceu no Estrela D’Alva dia 12 esteve muito animado sob o brilho musical do conjunto Transa Som. Parece que o romance bailou no ar entre duas pessoas conhecidíssimas em nosso meio jornalístico. Quem esteve lá pôde perceber.
● Não é que ficou muita gente interessada em saber quem é que morre de saudades do Julinho, o irresistível “Juju” do La Cave? A “corujinha” sabe, mas por enquanto não vai contar.
● Mais irresistível ainda está o bigode do Freitas, que circula a semana toda pelo La Cave, muito pensativo sonhando com a bem-amada.E as fãs, como ficam?
● Me contaram que a feijoada servida aos sábados no Terraço está excelente. Qualquer hora a corujinha baixa por lá para saber como vão as coisas.
● Ivan da Sabesp, e sua esposa Ana Maria colaborando com o nosso Jornal da Noite, inclusive na distribuição. Gente muito boa e que foi vista circulando pela cidade. Se continuar assim, a Ivana, filhinha do casal, vai dar muita bronca, mas nós só temos que agradecer.
● Soubemos por fontes bem informadas que as passistas da Escola de Samba Unidos da Vila, que não entrarem rapidamente num bom regime ficarão sem participar das apresentações especiais para arrecadar fundos para a escola. E aquela mulata que está sempre presente nas noites joseenses? será que vai aderir? Bem que está precisando.
● E “aquela colunista social de um conhecido jornal regional (para não dizer único), é sempre vista circulando pelos barzinhos da cidade com três amigas”. Até parecem o Quarteto em CI. Imagine se ela pode ser concorrente corujinha, nem de longe.
● E por falar em Zezinho Daher, fiquei sabendo que no domingo que passou ele fez um desses telefonemas engraçados que sempre faz a políticos do Brasil e de Portugal. Só que desta vez o telefonema foi para a casa de um dos diretores aqui do Jornal da Noite, que não é Jair mas tem Soares nome.
● Os Valetes fizeram Sucesso no ChoppNhauer quando se apresentaram na Moda de Viola. Zezinho Daher de Paraibuna contou um de seus famosos “causos”. Marlene e Célio Paiva do Restaurante Panela de Ferro, também de Paraibuna, “bebemoraram” o aniversário da cidade, mas. aqui em São José. Todos numa muito alegre.
● O simpático França também é um dos proprietários do ChoppNhauer, e de vez em quando aparece por lá prestigiando o sócio Dito. França não fala muito, mas observa tudo. Parece muito satisfeito com o sucesso da casa.
● Alguém me contou que o Carlinhos do Girassol tem um número incrível de admiradoras. Fazem até fila para ver o galã. A Lena que se cuide.
● Para os que gostam de curtir locais mais sofisticados uma boa pedida é dar uma chegadinha ao American Bar do Hotel Eldorado. Além do lugar ser muito aconchegante, descortina-se uma visita de toda a cidade. A corujinha já foi e gostou. Vale levar uma boa companhia.
● Fazendo sucesso em Paraibuna, a dupla de cantoras Fernanda e Eleny (foto ao lado) que foram encontradas no Panela de Ferro semana passada. Para quem não sabe, elas são paraibunenses e cantam num conjunto local. Alguém aqui do Jornal da Noite ficou tão encantado com o chapéu da Fernanda que até fez uma fotografia com ele.
18 horas: no ar, Paulinho Ramalho e seu Sucesso em FM
O “rádio é o Maracanã do Disc-Jóquei, do locutor, programador, de todo um elenco que faz uma programação dinâmica e se projeta através daquilo“, diz Paulo Roberto Martins Ramalho, carioca 28 anos, o coordenador de toda a programação da Stereo Vale FM, a primeira emissora em frequência modulada no Vale do Paraíba.
Na última terça-feira quando chegamos à emissora para esta entrevista, o Paulinho Ramalho estava tomando o seu chazinho das 18 horas e já havia montado todo o esquema de seu programa Sucesso em FM, no ar das 18 às 19 horas, no qual Paulinho já sabia que além de apresentar o programa, também iria receber muitas participações por telefone de seus ouvintes e, promover sorteios de camisetas da Copa do Mundo e ingressos para shows não só em São José, mas também em outras cidades da região onde seu programa faz sucesso.
A maioria dos Disc-Jóqueis traz para o trabalho em rádio uma grande experiência, mas com Paulinho foi diferente. Ele conta: “Quando a Stereo Vale foi inaugurada em junho de 1977 eu já trabalhava para ela no Rio“. Embora já trabalhasse como discotecário no Rio desde os 14 anos, em casas noturnas e discoteques, Paulinho só se projetou profissionalmente aqui em São José dos Campos. “Foi até engraçado diz ele a rádio passou a ter todos os seus programas ao vivo no final de 1980, quando a gente tinha montado um estúdio para casos de emergência, como horários jornalísticos etc., eu fui chamado. no estúdio e me disseram: “Fale aí alguma coisa”. Eu nem sabia que estava no ar e perguntei, “falar o quê?“. A partir de então a Stereo Vale já não era mais uma emissora como as outras FMs de todo o Estado de São Paulo, que só trabalhavam com gravação, isto é fomos a primeira a ter toda a programação ao vivo“.
Foi também em 1977 que o Paulinho Ramalho criou o Disco Vale Club, um programa apresentado por ele mesmo e que foi um dos melhores da emissora com participação ao vivo do ouvinte, o programa ficou no ar até 79. Neste programa foi que Paulinho teve mais contato com os ouvintes da Stereo Vale era uma programação bastante variada e aconteceu um episódio curioso: “Numa tarde era um destes feriados prolongados, eu queria descer para o Rio, mas não encontrei passagem nem de ônibus, nem de trem, tentei avião em São Paulo mas também não consegui, foi daí que me decidi por uma carona que pedi no ar. Cerca de quinze minutos depois, um motorista de táxi que tinha vindo a uma cidade aí do interior de São Paulo trazer uma família, me ouviu pelo rádio do carro e passou por aqui“.
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