Jumbo Eletro – uma das melhores recordações

O morador de São José dos Campos, seja ele um colecionador ou só um saudosista possui um carinho especial pelo Jumbo Eletro, identificação e memória afetiva singulares, pois muitas coleções se iniciaram a partir de objetos adquiridos nesta loja, assim como os mantimentos do mês ou apenas aquela comprinha ocasional aconteciam naquele estabelecimento. Particularmente, sonho com aquele espaço e o comercio em seu entorno até hoje, tamanho meu saudosismo pela região. Mas vamos lá, vamos relembrar alguns fragmentos daquela época.

Aqui minha tão querida Monareta que foi roubada em uma madrugada de 1980, mas em menos de um mês, minha mãe em sua costumeira visita a feira da barganha que acontecia no estacionamento do Jumbão, observou uma bicicleta parecida, avisando meu pai que já entrou em contato policiais que abordaram o vendedor, que para a minha sorte era a própria! Foi reconhecida pelo adesivo que colei, não me recordo se do Super-Homem ou Homem Aranha. E como era delicioso pedalar por aquele estacionamento quando vazio aos domingos, e não apenas pelo piso superior, mas no subsolo, que era misterioso, fascinante, e também perigoso, mas garoto é garoto e se mete em qualquer enrascada em suas saborosas inconsequências infantis.

Nesta outra imagem seguro algo, talvez dinheiro, em companhia de minha mãe, Ana Maria Ribeiro, quando morávamos na Rubião Júnior em 1980. Aos fundo os sacos em papel do Jumbo Eletro usados para o lixo. Como na época não separávamos o lixo tudo ainda era misturado, e estes sacos não eram os mais indicados pois o lixo úmidos fazia-os rasgar, dando grande trabalho ao pessoal da coleta. Enterrei um filhotinho de gato que apareceu em meu quintal nesta  “tenda” vermelha, debaixo da pilha de tijolos. A pior parte foi saber que ele depois de um tempo ainda continuava vivo, foi chocante.

Este folheto era para criarmos um desenho em seu verso, e participar de um concurso do Salão Mágico no Dia das Crianças do piso superior. Por sorte não enviei, com certeza o prazer em possuí-lo e hoje poder publicá-lo é maior do que se eu tivesse participado em 1985…

Funcionários

Um dos seguranças do Jumbo. Em minha visão, os pacotes grandes de cigarro ao fundo eram na verdade cigarrões, só não entendia por que alguém precisava de um cigarro de Itu. Do lado direito vemos uma das rampas de saida, que costumavamos descer com o carrinho seguido por uma bronca dos pais.

Algumas das operadoras de caixa e os empacotadores. Os rostos são familiares, já que ia à loja com uma certa frequência quase diária. Logo a frente do caixa tínhamos miudezas como pilhas e também outras mais atrativas às crianças, uma prática bastante comum hoje em dia.

Rampa que dava acesso a segunda portaria do Jumbo Eletro do Centro e duas ex funcionárias da loja, isso nos anos 90. Deste ângulo dás para se ter uma ideia de como a rampa atraia a garotada, com carrinhos disponíveis logo ali por perto. Não, nunca me machuquei.
“Sempre ficava observando os empacotadores da loja descerem com os pés atras do carrinho em um pequeno espaço que tinha embaixo dele, detalhe com o carrinho lotado de compras dos clientes eu achava aquilo o máximo. Um dia fui fazer igual só que com o carrinho vazio, lógico que eu cai o pessoal da loja adorou a cena. Fui motivo de risadas por um bom tempo hahaha…” Por Luciana Silva.

Paralisação dos funcionários do Jumbo Eletro por melhores salários.

Comemoração dos funcionários do Jumbo Eletro, aniversariantes do mês de setembro. Todos os meses se comemoravam o aniversario de funcionários da loja entre os trabalhadores e a gerencia da loja, essa foto foi tirada no ano de 1989.

Paralisação dos funcionários na unidade do trevo da Dutra. As fotos são tão anos 80 que de braços cruzados temos um sósia do saudoso Peter Slaghuis, um cara importante da cena House Music daquela década, que produziu o Hit Move Your Feet to the Rhythm of the Beat, e também uma semelhança com o cantor Limahl, intérprete da música Never Ending Story tema do filme A História Sem Fim!

Um show do balacobaco!

Foto de 1981 durante a apresentação do casal Sylvinha e Eduardo Araújo em um domingo em frente à loja, que não abria aos domingos. Eram comum os supermercados não abrirem aos domingos no passado. Me diverti bastante naquele dia, eu conhecia suas músicas, e meu pai me levar para fazer foto com eles, foi um tanto constrangedor para um garoto tímido, confesso, me sentir o centro das atenções mesmo que por alguns segundos era assustador. Minha proteção era fechar os olhos que tudo se acalmava, e assim foi registrado na foto. Algo como “o que não se vê não se sente”.  Situações importantes ao autoconhecimento e desenvolvimento do ser humano, um aprendizado. Abaixo, uma sequência de fotos desta apresentação, que compõe a última sequência de imagens desta memorável loja, lembrada pelos joseenses com mais de 35 anos.

Corredor do Jumbo Eletro do Trevo da Dutra na década de 1970. Ver estes produtos antigos como novos não tem preço! Como adoro isso!

Sacolinha em plástico que faz parte de minha coleção.

Lembram-se da Perua Kombi que vendia garapa (caldo de cana) em frente a aquele largo que servia de estacionamento do Jumbo Eletro, Rua Antônio Saes na década de 1980/90?

De minha casa no número 574 da Rua Rubião Jr. Eu podia ver a parede traseira do Jumbo Eletro, até hoje sonho com este ângulo… Em tenra idade eu acreditava que logo atrás era o litoral.

Copa Jumbo Eletro

Final da Copa Jumbo Eletro em São José dos Campos. Esta foi a final entre Irmãos Ballerini (Lorena) x FADEMAC (Jacareí). Os campeões foram os Irmãos Ballerini.

“Minha mãe sentada no gramado do terminal rodoviário no Jardim Paulista, quando iamos visitar uma amiga dela que morava ao, em 1989″. Por Adrianno Sakamoto . E lá está o Jumbão!

Funcionárias do Jumbo Eletro do Centro no balcão de atendimento do restaurante. O restaurante se localizava no segundo andar da loja e tinha uma ótima clientela. Década de 1990.

As amigas Luciana, Kelly e Andreia, ex funcionárias do Jumbo Eletro do Centro durante o horário de almoço.

Finalizo a sequência fotográfica com esta imagem ampla do Jumbo Eletro do Centro contando para vocês uma aventura que fiz na infância.
Em uma ocasião, fui com meus pais fazer compras na loja do trevo da Dutra, algo que não era habitual, já que morávamos perto da loja da região central. Lá em vi um kit de montagens da Revell diferente, eram ossos humanos. Fiquei fascinado, pois era costumeiro me deparar com tais kits mas de aviões, navios e outros, nunca de partes humanas. Como eles estavam com pressa não pude parar para olhar os detalhes, voltamos para casa e aquilo ficou em minha mente por dias.
Um dia resolvi fazer uma aventura, ir da Rua Rubião Jr. até o trevo da Dutra a pé, sozinho, e eu tinha uns 9 anos de idade. Foi uma aventura cruzar o centro, seguir pela avenida Dr. Nelson D’ávila até chegar a loja e passar vários minutos observando o produto, já ao volta, segui pela Avenida Teotônio Vilela, o Fundo do Vale. A aventura foi um tanto sinistra, pois o dia caía e eu já estava receoso pela escuridão que se aproximava. Subi pela lateral doi Paço Municipal e corri pra casa antes de escurecer em definitivo. Pra minha mãe eu estava na casa de um amigo. Novamente as inconsequências juvenis em ação.

Mas não parei por aqui! Abaixo uma pequena sequência de videos referentes ao Jumbo Eletro. Buscando no Youtube é possível encontrar muitos outros, mas infelizmente nenhum das lojas de São José dos Campos… Ainda! Pois busco para digitalizar e entregar ao público como uma missão de vida.

Comercial Jumbo Eletro – 1982

Comercial Jumbo Eletro – 1987

Comercial Jumbo Eletro – Natal – 1989

Hipermercado Jumbo Eletro No Ar – videopropaganda de 1993

É isso, quando mais novidades em mãos sobre o nosso Jumbo Eletro certamente farei uma segunda parte. Se tiver algo para contribuir entre em contato das maneiras abaixo.

Traga sua história para ser contada!
Digitalização de fotos, vídeos, áudio, documentos, recortes de jornais, gravação de depoimentos, cartas, etc.
Mídias Sociais: sjcantigamente
WhatsApp: (12) 99222-2255
e-mail: sjcantigamente@gmail.com

19 thoughts on “Jumbo Eletro – uma das melhores recordações

  1. Trabalhei no Jumbo Eletro no ano 1989, tinha 15 anos de empacotador.
    Com as caixinhas que ganhava levando compras no carro ia no almoço ao Center Vale Shopping no Fliperama para jogar Street Fighters.
    No Natal ficava no balcão empacotando presentes.
    Fui dar treinamento na loja do centro, onde hoje é a Universal.
    Lembro ainda no time do Guarani de futebol, peguei autógrafos do Neto, Chulapa e do goleiro Leão…
    Boas lembranças.

  2. Fui funcionária do PegPag,depois Jumbo Eletro Radiobrás,depois Jumbo Eletro,e por fim Pão de Açúcar, saudades grandes Senhor Nelson,María e a Beth do caixa geral,Senhor Figueiredo encarregado de loja ,grandes parceiros .

  3. Magnifico !!! meus parabéns pela iniciativa.
    Daqui a pouco vou chorar lembrando da minha infancia.

  4. LEgal demais! Peguei o final dele nos anos 90, lembro que na lateral tinha as lanchonetes e a loja de peixes, aquarios…. ia sempre com meu pai.

  5. maravilha cara!!!.
    vivi tudo isso na minha infância!!!
    parabéns pelo texto e fotos !!!
    emocionante!!!!!

  6. Boa tarde! Muito legal essa matéria do Jumbo Eletro do centro que Saudades trabalhei como empacotador e repositor de 1984 a 1988 Parabéns!!! Abraços Scilas Malvão.

    1. Muito grato Silas, indescritível aquele lugar não é? Em breve trarei mais novidades sobre ele, em especial uma investigação sobre um personagem promocional da loja 😉
      Abraço

  7. Show….sem palavras suas histórias sobre SJC…e por falar em Junho Eletro, que me lembro muito bem nos antigos comerciais, dizia -se “Junho Eletro radiobras” …. confere ?!?! E mais, lembro que no início de 1981 meus pais nos levaram no Jumbo do trevo CTA e quando estávamos de saída, depois de horas de passeio e compras, vi num pequeno PDV na saída, um punhado de discos, desses compactos, de vinil do São José E. C. , comemorativo ao título ganho da 2a. Divisão de 1980… que tenho até hoje…. saudades do Jumbo Eletro….

    1. Sim, confere, e aqui uma informação interessante sobre:
      Em 1971 a Eletroradiobraz inaugurou o seu primeiro hipermercado com a denominação de “Baleia” no Bairro da Agua Branca em São Paulo, prédio anteriormente ocupado pela Eucatex, a definição de Hiper para aquela época era que se dizia que em um único ponto de venda se podia encontrar do alfinete ao avião. A empresa tanto para os supermercados e hipermercados contratava assessoria de executivos americanos aposentados com vasta experiência nesse segmento como, por exemplo, nos Estados Unidos entre outros países. O nome “Baleia” foi escolhido porque já existia o Jumbo ( antecessor do Extra) o primeiro hipermercado do Brasil que foi inaugurado em Santo André município de São Paulo também em 1971 pertencente ao Grupo Pão de Açúcar.
      Encontrei o Jinle da época também:
      https://www.youtube.com/watch?v=06Lvs1w1DIA
      Estes disquinhos tinham em quase todos os lares joseenses hehe
      Grande abraço!

Comente se há informações extras, escreva suas recordações ou mesmo o que achou desta publicação. Agradeço por sua participação!