O Legado de Xavier

Quando for contada a história da resistência democrática em São José dos Campos, o nome do comerciante e advogado Carlos Xavier de Oliveira, falecido aos 71 anos, vítima de aneurisma, ressurgirá como importante liderança dos tempos do MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Carlinhos Xavier, como comerciante da cidade, sofreu na própria pele as consequências da ditadura. Foi levado a participar do MDB, em 1972, por Robson Marinho, o principal líder da oposição democrática da cidade na época.

Assumiu o mandato de vereador em 1975 e em apenas dois anos tornou-se uma referência política, levando qualidade técnica e política para os trabalhos da Câmara Municipal. Sem fazer concessões ao populismo e afastando-se de radicalismos, Carlinhos Xavier impôs uma forma de oposição propositiva, sem perder a firmeza no combate ao regime autoritário. Exerceu a representação popular legislando e fiscalizando os atos da administração municipal.

Voltou à Câmara Municipal, como assessor jurídico e legislativo, emprestando a mesma qualidade aos vereadores em duas legislaturas. De lá, 1986, exerceu por dois anos o cargo de consultor legislativo da Prefeitura Municipal.

Já aposentado e afastado da militância político-partidária, o advogado Carlos Xavier de Oliveira passou os seus últimos anos de vida nos limites da sua Vila Ema, nunca deixando o truco e a pescaria. Tanto que recomendou a seus familiares que as suas cinzas fossem jogadas numa represa. Descanse em paz, amigo dos bons combates, Carlinhos Xavier (2004).
17 de janeiro de 2015

Luiz Paulo Costa – Jornalista

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One comentário em “O Legado de Xavier

  1. Luiz Paulo.
    Parabéns pela homenagem ao Carlinhos Xavier. Grande ídolo. Sempre o admirei muito. Aprendi muito com ele em nossas reuniões do final do dia na companhia de bons amigos.
    Certa vez, estava para fazer uma prova no estado do Espírito Santo com fins de profissionalização.
    O Dr Carlos me havia presenteado com alguns livros, entre eles um que se não estiver enganado era de autoria do professor Euzébio Rocha que tratava de economia.
    Já tinha lido metade desse livro e coincidentemente fui fazer a tal prova no ES.
    Ao final, minhas notas foram regulares, seis, sete e oito. Eram temas que não conhecia. Direito, construção, desenho arquitetônico e outros.
    Na prova de economia fui mais feliz. Tirei um nove. Se tivesse ido até o final do livro, talvez um dez.
    Graças ao presente do amigo Dr Carlos Xavier.

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