O perigo dos cães de rua (1905)

OS CÃES

Pela imprensa local tem sido constantemente feitas reclamações para que a Câmara Municipal tome providências no sentido de ser coibida a permanência de magotes de cães bravios e vagabundos pelas ruas da cidade.

Essas reclamações, apesar de serem bem fundadas no sentido de garantir a segurança e o sossego da população, não tem tido, até agora, o resultado que era licito esperar.

Constantemente chega ao nosso conhecimento queixas de ataques da canzoada aos transeuntes, e ainda não deve ter cabida no ouvido o que sofreu. no centro da cidade, um fiscal da Câmara Municipal.

Na rua Humaitá, há dias foi atacada por um canzarrão uma pobre velha, ela teria sucumbido se não fosse o socorro prestado per pessoas que acudiram de pronto e a salvaram.

Um outro fiscal, na rua 5 de Outubro teve de lançar mão do seu revólver para matar um cão e assim livrar uma família, isto deu-se há poucos dias.

Em Sant’Anna, um cão, que dizem estava louco, mordeu diversas pessoas.

É longa a lista de fatos idênticos e atualmente é imprudente quem sai a rua á noite, sem um bom cacete, para se livrar de ser mordido.

E por isso que repisamos este assunto, na esperança de que os srs. camaristas, ouvindo o que reclamamos tomem as necessárias providências e ordenem aos srs. fiscais o cumprimento das posturas municipais nesse sentido.

Jornal O Caixeiro, 28 de setembro de 1905

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