O plano de tornar o Banhado uma área com plantio (1985)

Existe uma área plantada ali, mas creio ser privada, porém esta ideia da prefeitura em 1985 pareceu ser interessante, ao município e as famílias que ali residem.

Transformar o Banhado em um cinturão verde, um novo plano

A área pública do banhado poderá ser entregue a agricultores para ser cultivada

Finalmente o “Banhado” de São José dos Campos poderá ter uma definição quanto à sua utilização. Uma área de 40,6 alqueires – que apesar de ter sido delimitada no ano passado como sendo pública mas que ainda não está totalmente reconhecida — poderá ser ocupada por agricultores do município para a plantação, principalmente, de hortaliças e legumes. Esta é a intenção da Prefeitura, definida pelo secretário de Governo, Carlos Sebbe, que espera apenas a conclusão de um levantamento do local para implantar o projeto.

— O nosso objetivo é realizar na área considerada pública, um verdadeiro “cinturão verde”. O que permitirá um aumento no fornecimento de alguns gêneros hortifrutigranjeiros para o município – disse ele.

A Prefeitura vem realizando no momento um levantamento planimétrico do local para saber se a área realmente é pública. Isto porque muitos terrenos que compõem os 40,6 alqueiras estão em posse de terceiros, conseguidos através do usucapião. Além disso, existem também áreas ocupadas indevidamente por posseiros, que não possuem nenhuma documentação legal. O levantamento deve estar concluído até o final deste mês.

Fila de espera

Atualmente estão cadastradas no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São José dos Campos um total de 300 famílias. Todas pretendentes a um pedaço de terra para iniciarem uma plantação. A informação é do presidente do Sindicato, Sebastião Maia, que informa também sobre o cadastramento de outras famílias por intermédio dos demais sindicatos existentes em todo o Vale do Paraíba.


— O cadastramento de famílias. que desejam um local para iniciarem uma plantação é constante em todo o Vale e vem sendo feito por sindicatos de várias categorias.

Sebastião Maia acredita que a produção do local poderá oferecer uma quantia razoável para engrossar o total de mercadorias oferecidas no mercado de São José dos Campos e considera que às famílias já cadastradas através do Sindicato devam ter prioridade na ocupação das terras.

Boa produção Esta probabilidade sugerida pelo sindicalista não está muito longe da realidade. Segundo o vereador Riosaku Sanefuji, que também é produtor, a área em questão é favorável para o plantio de uma variedade de hortifrutigranjeiros. Ele faz um cálculo aproximado de que uma plantação de batata, no local, poderia proporcionar resultados consideráveis.

– Se plantarmos numa área de 30 alqueires poderemos ter, no final de cinco meses, aproximadamente 22.500 sacos. Uma quantia considerada muito boa — diz o vereador.


Mas nem tudo está correndo tão bem como se pretende. Se por um lado a Prefeitura se aplica em estudar a implantação de um novo projeto na área do abastecimento, uma outra iniciativa que conta com o seu apoio deixa de ser operacionalizada. Trata-se do Fade — Fundo de Apoio ao Desempregado, que tanto foi alardeado pelo poder público na época do seu lançamento – considerado por alguns como uma possível solução para o problema do desemprego em São José dos Campos.

A desativação do órgão já era um fato consumado, muita antes de ser tomada a decisão definitiva sobre a questão na última terça-feira, dia 15. A informação é da assessora para o Desenvolvimento Social da Prefeitura, Regina Helena, de quem o órgão recebia apoio para desenvolver o seu trabalho.

— O objetivo do Fade perdeu todo o sentido a partir do momento que passou a atender sempre as mesmas pessoas, não realizando um trabalho de apoio, mas sim de assistencialismo, como em outras entidades do gênero, o que não correspondia com as suas pretensões – afirma ela.

A horta foi salva Regina Helena explica ainda que “apesar do Fade deixar de operar, a sua constituição jurídica continuará sendo preservada e o projeto da horta que atinge quase um alqueire continuará sendo desenvolvido”. Atualmente existem apenas nove pessoas trabalhando no local, mas a pretensão é de que este número atinja aproximadamente 60 pessoas. “Inicialmente, iremos utilizar aquelas que frequentam com maior assiduidade o SOS e os albergues; e já contamos com dez pessoas selecionadas para a experiência”, ressalta Regina.

No momento, o que é produzido na horta serve apenas para o consumo próprio dos nove trabalhadores que lá estão e para algumas vendas. A intenção é que os dois alqueires pertencentes ao Fade sejam ocupados e produtos da plantação proporcione algo rentável. No estágio atual estão plantados alface, chicória, nabo, abobrinha, milho, agrião, brócolos e feijão.

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Wagner Ribeiro – São José dos Campos Antigamente


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