Ouro no Rio Buquira?

Ouro no Buquirinha pela segunda vez nos últimos 60 anos

Carlos Henrique Vaz em companhia de seu pai, Agenor Vaz, pescando/caçando às margens do Rio Buquira na década de 1960. (imagem da época, mas não relacionada ao jornal)

Em meados da semana circularam rumores de que havia sido encontrado ouro em fazenda de propriedade do sr. Alcides Franco Rodrigues, no bairro do Buquirinha.

O metal teria sido encontrado por trabalhadores de empresa que realiza no local sondagens para represamento do Rio Buquira. Amostras do minério foram encaminhadas a São Paulo para pronunciamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e enquanto isso, o proprietário da fazenda teria declarado que se for constatada a existência de veio aurífero, entregará a mina ao governo para pagamento da dívida externa do Brasil.

A aceitarmos como verdadeiras tais declarações, ainda mesmo que o ouro seja real, devemos lembrar que não daria para pagamento da dívida externa brasileira, pois Morro Velho até hoje não chegou para tanto.
Deve ser resultado de mal entendido, produto de entusiasmo momentâneo.
De qualquer forma porém, em relação existência de ouro no solo joseense, podemos afirmar que já nos idos de 1900, aqui esteve um engenheiro belga cujo nome, se não nos falha a memória, era Stellita Ferreira.
Esse homem encontrou ouro Rio do Peixe, (um dos afluentes do Rio Buquira) admitindo-se na época a existência, ali, de um pilão de ouro.
O belga alugou uma casa à Rua Direita (exatamente onde hoje se encontra a Loja Duton) e para ali transportou, em lombo de burro (cargueiros) vários sacos de pedras pretas, Das quais se viam os filetes de ouro, muito pouco para tantas pedras, mas ouro de verdade, como depois se apurou.
O processo extrativo de então era lento, difícil e altamente dispendioso, Stellita Ferreira desistiu da empreitada e mudou-se de São José dos Campos algum tempo mais tarde.

O episódio vale como recordação agora em que o assunto “ouro” volta à baila, pela segunda vez em 60 anos…
Correio Joseense, 14 de fevereiro de 1965, Num. 2001

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