A antiga Rua dos Bambus recebeu esta denominação, provavelmente devido ao fato que a maior parte das propriedades da via, geralmente chácaras, eram fechadas por bambuzais. Os bambus foram retirados em 1892, considerados um risco para insalubridade pública, uma vez que acumulavam água, privando o curso das mesmas:
“Pelo vereador Neves foi proposto que esta Câmara mande que seja examinado um (oah?) existente na Rua dos Bambus que acumulando águas e está não tendo empedição é um foco de miasmas, podendo por esse facto desenvolver qualquer epidemia e que seja destruído os bambus e substituído por cerca de arame ou muro”
Em 1897, uma resolução da Câmara modificou esta denominação para Rua 24 de Fevereiro, data da promulgação da Constituição de 1890. Pela Resolução nº 1 de 1913, a Rua 24 de Fevereiro, voltou a ser denominada Rua dos Bambus. Em 16 de Novembro de 1954, através da Lei nº 320, esta via, na lei chamada de Rua 24 de Outubro, recebeu o nome de Avenida Dr. Nelson D’Ávila. A lei especificou que, nas placas de nomenclatura tivesse a inscrição: “Modelo de Médico e Homem Público”. A antiga Rua Dr. Nelson D’Ávila, situada entre as avenidas Ademar de Barros e 9 de Julho, passou a denominar-se Afonso César de Siqueira.
Em 1917 e em 1919 sofreu alargamento de sua via.
Na década de 30, recebeu canteiros de cedro, em comemoração à revolução de 30, se estendendo até a Praça Afonso Pena. Isto foi motivo de “chacota” pelos jornais da época:
“Os Cedrinhos da Avenida 24 de Outubro e o Outubrismo
Após o advento da Revolução Outubrista, foram plantados no centro da Avenida 24 de Outubro, devidamente enfileirados, entre canteiros, que mais parecem túmulos rasos, alguns pés de cedrinhos, que marcaram, então, “gloriosamente”, a passagem do outubrismo por estas praças e ainda hoje relembram…”
“Nelson D’ávila era culto, porém tímido. Minha mãe conta que ele trabalhava muito e só o via à noite, após a jornada de dois trabalhos”, disse. Para ele poderia haver um trabalho mais enfático para manter a memória dos filhos ilustres da cidade. “A São José de hoje você está colhendo o que alguém plantou lá atrás. O que acontece com personalidades antigas é que a cidade não consegue entender quem foram. Acho que neste aspecto deveria haver um trabalho mais consistente de se fazer saber quem são as pessoas e o que elas fizeram”. Por Vitor Chuster.
A partir da chegada do CTA, da Rodovia Presidente Dutra e das indústrias multinacionais, na década de 50, a Av. Dr. Nelson D’Ávila passou a ser uma importante via de acesso a estes locais e também à estrada de Paraibuna, (antes acessível somente pela Rua Paraibuna) para o centro da cidade. Assim, nas décadas de 50 e 60 sofreu grandes alterações: alinhamentos, prolongamentos e duplicações.
Fonte: Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR).
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