Fundada em 7 de Abril de 1898. Patrimônio da Santa Casa em 1950: 1.042.776,50
Figurando com inconfundível destaque no conjunto das instituições locais que eleva bem alto os foros de generosidade e os índices de civilização da nobre gente joseense, a Santa Casa local, que hoje em dia pode se orgulhar de possuir magnífico e amplo prédio próprio, dotado de todas as condições que lhe permitem cumprir, a risca, as suas altruísticas finalidades, constituído verdadeiro monumento perpetuador do espírito eminentemente cristão do nosso povo, teve, todavia, origem das mais modestas, somente de 1918 para cá, tendo entrado a desenvolver em toda a sua plenitude, o rítimo de suas atividades assistenciais.
De acordo, assim, com dados por nós colhidos, a respeito da sua fundação, que data de 7 de abril de 1898, devem-se particularmente ao Revmo. Cônego Francisco de Lima, sacerdote de grandes e excepcionais virtudes, e que, inspirado por Deus, segundo reza a crônica ao Evangelho de um ofício religioso que celebrava em uma quinta feira, apressou-se em transmitir a auspiciosa ideia, a um grupo de dedicados amigos dentre os quais, João Miguel Lebrão, Benedito Fernando Cesar Leite, Bertolini Leite. Por estes, desde logo apoiado em sua piedosa iniciativa, foi então alvitrado, pelo Cônego Lima, que se promovesse uma reunião dos elementos representativos da sociedade joseense, a fim de se lhes expôr o projeto em perspectiva, e consultar sobre a viabilidade do mesmo, conclave que aliás se revestiu de grande êxito, logo de início constando com a valiosa adesão de perto de 100 pessoas, todas dispostas a emprestar a sua cooperação moral e pecuniária ao empreendimento. Dessa centena de abnegados pioneiros da caridade, em nossa terra, três deles vivem até hoje, ou seja, Os Srs. Antônio da Silva Santos, Antônio Alves de Aguiar Fagundes e José Antônio de Paula Santos.
Finalmente, a 15 de agosto de 1899, entrou a funcionar a Santa Casa desta cidade, em sua primitiva sede, no prédio da Rua Coronel Monteiro em que atualmente está instalada a agência Ford, local, ao mesmo tempo que se elegia e empossava a sua primeira diretoria, cujos membros foram os que se seguem: Provedor, Cônego Francisco de Oliveira Lima, Vice-Provedor, João Miguel Machado, Segundo Vice-Provedor, Bertolini Leite Machado, Tesoureiro, Benedito Fernandes Cesar Leite, Secretário, Francisco Pais de Brito.
“Prédio antigo da Santa Casa (antiga Rua São José esquina com Rua Cel. José Monteiro). Atualmente é o estacionamento do Banco Bradesco. Foto do início do século XX. As casas à esquerda forma demolidas no final da década de 1930 e início de 1940. Assim o joseense passou a ter acesso à paisagem do Banhado.” Por Vitor Chuster. Sobre as 3 imagens abaixo.
Circunstância interessante e por isso mesmo digno de registro, é a de que, naqueles distantes e bons tempos, aos responsáveis pela dirigência da Santa Casa, cumpria além dos demais encargos comuns, a tarefa de diariamente angariamente esmolas em benefício desse estabelecimento no Mercado Municipal, obrigação por sinal religiosamente levada a cabo, por todos, com benéficos resultados para o movimento econômico do mesmo.
33 anos decorreram, até que, em 1932, concretizando-se velha e ardente aspiração de seus fundadores, e continuadores da admirável obra do Cônego Lima e seus companheiros de ideal, foi ultimada a construção do suntuoso edifício próprio onde hoje se localiza a Santa Casa de São José dos Campos, a Rua Dolzani Ricardo, tendo constituída a primeira falange de enfermos que acolheu e assistiu desveladamente, os retirantes, enfermos e feridos da gloriosa e inesquecível revolução constitucionalista de São Paulo.
Álbum de São José dos Campos, 1951
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