Tecelagem Parahyba (1967)

Em 40 anos, a área construída da Tecelagem Parahyba aumentou dez vezes.

Na histórica Cidade de São José dos Campos, o desenvolvimento se iniciou com a força de trabalho dos que para ali se dirigiram a partir da segunda década do presente século, construindo casas, ampliando áreas, plantando a terra generosa e boa do fértil Valeparaibano e criando riquezas com as primeiras máquinas da produção.

Hoje a Cidade apresenta alto nível urbano, é centro técnico e científico de interesse nacional e internacional, possui mais de uma centena de fábricas que atestam a pujança do seu progresso e a força do seu trabalho. Mas há sempre uma pergunta que escapa dos viajantes quando, nos hotéis do Brasil ou de outros países, se utilizam dos macios cobertores que trazem a marca Parahyba, onde e como são fabricados?

A moderna biblioteca da fábrica.

Foi em 1925 que um grupo de pioneiros promoveu a formação de uma empresa para fabricar tecidos de algodão. Escolheram em São José dos Campos uma área fronteira à Estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, marginando trecho da várzea do Rio Paraíba. A sociedade recebeu o nome de TECELAGEM PARAHYBA S.A., tendo os seus fundadores adquirido a área de cinco alqueires medindo 600 metros de frente por 250 de fundo Construíram a primeira unidade fabril, com 6.000 metros quadrados, procedendo-se à instalação da maquinaria e ao recrutamento do pessoal necessário. Em 1927 a fábrica foi oficialmente inaugurada.

O grupo escolar tem mais de 500 alunos.

Advindo a crise econômica mundial de 1929, o País enfrentou dificuldades financeiras com profundas repercussões nos setores da iniciativa privada. A TECELAGEM PARAHYBA não foi exceção. Tendo assumido a direção da empresa, o sr. Olivo Gomes, homem empreendedor e de visão, logo cuidou da recuperação da fábrica, obtendo sucesso em três anos de árduo e inteligente trabalho.

A tecelagem tem um departamento esportivo.

Com as diretrizes que Olivo Gomes traçou, a fábrica começou a produzir cobertores de algodão em larga escala, introduzindo novos aperfeiçoamentos na técnica de fabricação, objetivando melhores padrões e qualidade.

Em 1953 foi iniciada a fabricação com lã e fibras artificiais da melhor procedência. Nos anos seguintes a produção foi diversificada, sendo produzidas centenas de tipos de cobertores e mantas, atingindo, atualmente, o mais alto desenvolvimento em quantidade e qualidade.

A maioria dos operários é especializada pela Divisão de Treinamento da fábrica.

Do seu modesto início em 1927 até os dias atuais, a área construída da fábrica aumentou dez vezes, passando para 60.000 metros quadrados. Conta com 1.400 operários, na maioria especializados pela Divisão de Treinamento da TECELAGEM PARAHYBA, orgulho da indústria nacional a levar o nome de São José dos Campos a todos os quadrantes do Brasil e das terras de além-mar.

A média anual de produção, inclusive com as criações mais recentes com fibras sintéticas Acrilan, se eleva a 4 milhões de cobertores e mantas, cujas cores, padrões e fino acabamento fazem daqueles produtos os mais disputados nos grandes mercados.

Daqui saem 4 milhões de cobertores e mantas por ano.

A TECELAGEM PARAHYBA, além da fabricação em série, mantém uma Indústria de Trabalhos Manuais ITM de alto nível artesanal, manufaturando artísticas mantas, bem como tapetes da mais alta qualidade. A ITM é também utilizada como escola de arte em tapeçaria.

Artística mantas e tapetes da mais alta qualidade são produzidas na ITM.

A obra assistencial da grande empresa joseense é digna de menção, destacando-se o Grupo Escolar com mais de 500 alunos; Curso de Formação Social; Curso de Habilitação para ingresso na fábrica; assistência médica, hospitalar e dentária completas, supermercado bem suprido e um Departamento Esportivo que orienta o clube da empresa. Reconhece-se, nessa empresa, que muito mais importantes que as máquinas são os homens que as fazem produzir.

Dirigem a tradicional TECELAGEM o dr. Severo Fagundes Gomes, presidente; dr. Clemente Fagundes Gomes, diretor-superintendente, e dr. Luiz Fagundes Altenfelder Silva, diretor-gerente.

A TECELAGEM PARAHYBA, com sua equipe de técnicos e de operários, sabe fazer muito mais do que dar boa noite; ela sabe fazer os cobertores PARAHYBA macios e agasalhadores como as plumas das aves do Paraíso.

Revista O Cruzeiro, 11 de novembro de 1967

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