Nas terras de São José, em 1912, uma história de amor floresceu quando os olhos do poeta Frederico encontraram os da jovem Maria Eugênia, conhecida carinhosamente como “Xirina”. Filha de Cantídio de Oliveira Miragaia e Anna Francisca Vieira de Souza, ela irradiava paz e amor com seus olhos serenos, envolvendo o coração do poeta, filho do Vereador João Bicudo, em juras eternas de amor. O anúncio de casamento no “Correio Paulistano” celebrou a união da mais bela jovem de São José com Frederico, o homem que se tornaria sua alma gêmea.
Em 1914, nasceu Adalgisa, seguida por Benedicto e Marina, trazendo ainda mais felicidade ao lar. No entanto, o destino reservava dores profundas. Em 22 de dezembro de 1917, a doce Xirina partiu, deixando Frederico viúvo com três crianças. A melodia do “Abismo de Rosas”, outrora cantada com paixão, agora ecoava tristeza e solidão em seu violão. Sua vida se tornou um abismo, um mar de saudade e desamparo.
Mas em 1939, Frederico, o poeta solitário, decidiu trocar juras de amor mais uma vez com sua eterna apaixonada. Reunindo coragem e esperança, ele partiu para encontrar Xirina além da vida terrena, onde pudessem finalmente estar juntos para toda a eternidade.
Esta é a história de uma avó que não conheci, uma história de amor, perda e reencontro, tecida em prosa e verso, que continua a ecoar em cada batida do meu coração, mantendo viva a chama do amor eterno.
Por Dimas Oliveira Júnior, 02 de abril de 2024
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